Mulher

O que previnem

Atualmente, existem duas vacinas contra a dengue no Brasil. Ambas são atenuadas e previnem a infecção causada pelos quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Nos ensaios clínicos, as duas vacinas apresentaram eficácia variável, de acordo com o sorotipo viral, idade do vacinado e status sorológico no início do esquema vacinal. Em indivíduos soropositivos antes da vacinação, a eficácia foi mais elevadas eficácias gerais, considerando tanto pessoas soronegativas como soropositivas antes da vacinação, são as seguintes: 

  • QDenga® (Takeda) – até 54 meses após a segunda dose: cerca de 63% de eficácia para doença sintomática de qualquer gravidade e 85% dengue grave, hemorragica e para internação.
  • Dengvaxia® (Sanofi) – até 25 meses após a terceira dose: cerca de 65% de eficácia para doença sintomática; 79% para dengue grave; 93% para dengue hemorrágica e mais de 80% para internação

Do que são feitas

As duas vacinas utilizam a tecnologia de DNA recombinante, em que genes dos diferentes sorotipos do vírus da dengue são inseridos na estrutura genética de um vírus atenuado. A diferença entre as vacinas está no vírus atenuado utilizado como estrutura genética de “base”: a Dengvaxia usa o vírus vacinal da febre amarela, e a QDenga® usa o próprio DENV-2 atenuado.

Além dos vírus atenuados, as vacinas têm nas suas composições:

  • QDenga®: trealose di-hidratada, poloxaleno, albumina sérica humana, fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico di-hidratado, cloreto de potássio e cloreto de sódio. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injetáveis. Sem adjuvantes e conservantes.
  • Dengvaxia®: aminoácidos essenciais (incluindo fenilalanina), aminoácidos não essenciais, cloridrato de arginina, sacarose, trealose di-hidratada, sorbitol, trometamol e ureia. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injetáveis. Não contém adjuvantes e conservantes.

Indicação

QDenga®: crianças a partir de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos, tanto soronegativos como soropositivos para dengue.

Dengvaxia®: crianças a partir de 6 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos. A vacina é recomendada somente para pessoas previamente infectadas por um dos vírus da dengue (soropositivos).

Contraindicações

  • Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina;
  • Gestantes;
  • Mulheres amamentando;
  • Imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias imunossupressoras;
  • Pessoas que vivem com o vírus HIV, sintomáticas ou assintomática, quando acompanhado por evidência de função imunológica comprometida.

Importante: A Dengvaxia® também é contraindicada para pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue (soronegativos).

Esquema de doses

QDenga®: duas doses, com intervalo de três meses.

Dengvaxia®: três doses, com intervalo de seis meses.

Via de aplicação

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação

  • Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda de intensidade moderada a grave;
  • A vacinação de pessoas que vivem com o vírus HIV/AIDS deve ser avaliada pelo(a) médico(a), que pode prescrever a vacina se não houver comprometimento do sistema imunológico;
  • Em pacientes que receberam imunossupressores e/ou doses elevadas de corticosteroides sistêmicos por duas semanas ou mais, é preciso adiar a vacinação até a função imunológica estar restaurada, de acordo com a avaliação do médico assistente;
  • A vacinação de pessoas com enfermidades que cursam com imunocomprometimento deve ser avaliada pelo médico assistente;
  • Mulheres em idade fértil devem evitar engravidar por quatro semanas após vacinação.
  • Verificar histórico prévio de adoecimento por dengue, já que a Dengvaxia® é contraindicada para pessoas que não infectadas previamente (soronegativas), pois há risco aumentado de hospitalização e dengue com sinal de alarme nesses indivíduos se adoecerem após vacinação.

Efeitos e eventos adversos

  • Reações adversas mais relatadas: dor de cabeça, dor no local da injeção, mal-estar e mialgia.

Geralmente são de gravidade leve a moderada, de curta duração (até três dias), tipicamente observadas em até três dias após a vacinação e mais frequentes após a primeira dose. Em decorrência de viremia pelo vírus vacinal, pode ser observada febre de início tardio (até 30 dias após vacinação).

  • Outras reações adversas possíveis: vermelhidão inchaço, hematoma e coceira no local da injeção, artralgia, fraqueza, febre, surgimento de gânglios (linfoadenopatia), náuseas e erupção cutânea.
  • Eventos graves são extremamente raros.

Onde podem ser encontradas

QDenga®: 

  • Nos serviços privados de vacinação para toda a faixa de licenciamento.
  • Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos;

Dengvaxia®: Nos serviços privados de vacinação.

O que previne:

Difteria e tétano.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém toxoides diftérico e tetânico, derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças; tem o sal de alumínio como adjuvante, cloreto de sódio, e água para injeção.

Indicações:

A vacina é utilizada na rede pública para a proteção das pessoas que não iniciaram ou não terminaram o esquema contra difteria e tétano até os 7 anos de idade e para as doses de reforço a cada dez anos.

Contraindicações:

Apenas pessoas com alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina ou a dose anterior.

Esquema de doses:

Sempre que possível, a dT deve ser substituída pela tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa), que também previne a coqueluche.

Para crianças a partir de 7 anos de idade, adolescentes e adultos com:

  • Esquema vacinal básico contra o tétano completo: uma dose a cada dez anos.
  • Esquema vacinal básico contra o tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento, seguida de uma ou duas outras doses da dT (dependendo de quantas faltam para completar o esquema de três doses contra o tétano). Posteriormente, reforços a cada dez anos. A vacina dTpa pode substituir a vacina dT.
  • Histórico vacinal desconhecido ou não vacinados: uma dose de dTpa a qualquer momento, seguida de duas outras doses da dT, no esquema 0 – 2 – 4 a 8 meses. Posteriormente, reforços a cada dez anos. A vacina dTpa pode substituir a vacina dT.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24-72 horas, devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Na maioria das vezes ocorrem apenas manifestações leves e transitórias no local da aplicação, com melhora dos sintomas entre 24 a 48 horas. Dor e aumento de sensibilidade acometem de 50% a 85% dos vacinados; vermelhidão e inchaço, de 25% a 30%. Grande inchaço ocorre com apenas 2%.
  • Raramente, pode haver reação local intensa, comprometendo todo o membro – sintoma compatível com reação do tipo Arthus, também chamada de hipersensibilidade tipo III.
  • De 0,5% a 0,7% dos vacinados têm febre. Mal-estar, sonolência, náusea, vômitos e manifestações alérgicas ocorrem com frequência ainda menor.
  • A inflamação dos nervos do braço (neuropatia ou neurite do plexo braquial) é rara – índice de 0,5 a 1 caso em cada 100 mil vacinados – e pode manifestar-se de dois a 28 dias após a administração de vacina contendo o toxoide tetânico. Causa dor constante, profunda e intensa na parte superior do braço e cotovelo, seguido de fraqueza e atrofia muscular após alguns dias ou semanas, podendo haver perda da sensibilidade local. Pode acontecer no mesmo lado ou do lado oposto ao da injeção e, algumas vezes, pode ser bilateral. A neuropatia contraindica aplicações de vacinas contendo toxoide tetânico.

O que previne:

Febre amarela.

Do que é feita:

No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pelos serviços privados de vacinação e eventualmente pela rede pública. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. A vacina de Biomanguinhos apresenta em sua formulação gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção. Já a da Sanofi Pasteur contém: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina.

As duas têm perfis de segurança e eficácia semelhantes, estimados em mais de 95% para maiores de 2 anos.

É importante ressaltar que os estudos para o uso de doses fracionadas, recomendado apenas durante campanhas do Ministério da Saúde, em localidades e períodos bem definidos, foram realizados apenas com a vacina de Bio-Manguinhos. Não há, portanto, autorização para a administração de doses fracionadas da vacina da Sanofi Pasteur.

Indicação:

Pessoas a partir de 9 meses de idade.

Contraindicações:

  • Crianças abaixo de 6 meses de idade.
  • Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por exame de laboratório.
  • Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação.
  • Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina.
  • Gestantes, salvo em situações de alto risco de infecção, o que deve ser avaliado pelo médico;
  • Mulheres amamentando bebês com até 6 meses. Se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias. Procure o pediatra para mais orientações.
  • Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
  • Pacientes com câncer.
  • Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras).
  • Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).
  • Em princípio há contraindicação para gestantes, mas a administração deve ser analisada de acordo com o grau de risco, por exemplo, na vigência de surtosrianças abaixo de 6 meses de idade.

Grupos com precaução para vacinação:

Em situações de aumento das chances de infecção pelo vírus selvagem da febre amarela, a vacinação pode ser recomendada para pessoas com algumas condições clínicas que inicialmente seriam consideradas contraindicação. Cabe a(o) médico(a) avaliar a relação risco-benefício.

  • Indivíduos a partir de 60 anos não previamente vacinados: embora raro, está descrito risco aumentado de eventos adversos graves na primovacinação nesta faixa etária;
  • Pessoas vivendo com HIV/Aids, assintomáticas e que apresentem o LT-CD4 ≥ 350 células/mm3. Poderá ser utilizado o último exame de LT-CD4 (independentemente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável;
  • Pessoas após término de tratamento com quimioterapia (venosa ou oral) e sem previsão de novo ciclo: administrar a vacina após três meses do término da quimioterapia;
  • Pessoas que fizeram uso de medicamento anticélulas B e Fludarabina: aguardar seis meses de intervalo;
  • Pessoas submetidas a transplante de células tronco hematopoiéticas: administrar a vacina a partir de 24 meses após o transplante se não houver doença do enxerto versus hospedeiro e/ou recaída da doença de base e/ou uso de imunossupressor;
  • Síndrome Mieloproliferativa Crônica: administrar a vacina se padrão laboratorial for estável e com neutrófilos acima de 1500 céls/mm³;
  • Síndrome Linfoproliferativa: administrar a vacina três meses após o término da quimioterapia (exceto no caso de uso de medicamento anti-células B, quando o intervalo deve ser de seis meses);
  • A administração da vacina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico ou outras doenças autoimunes deve ser avaliada com cuidado, pois pode haver imunossupressão nesses pacientes.

Doenças hematológicas:

    • Hemofilia e doenças hemorrágicas hereditárias: administrar a vacina conforme orientação do Calendário Nacional de Vacinação. Recomenda-se o uso de compressas frias antes e depois da aplicação da vacina;
    • Doença Falciforme: sem uso de hidroxiureia: administrar a vacina conforme o Calendário Nacional de Vacinação; em uso de hidroxiureia: administrar a vacina somente se contagem de neutrófilos acima de 1500 céls/mm³;

Esquema de doses:

Rotina

  • Crianças até 4 anos: duas doses, aos 9 meses e aos 4 anos.
  • Acima de 4 anos: Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.

Observação: O Ministério da Saúde usou em 2018 doses fracionadas como forma de conter o surto vigente na ocasião. A estratégia é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como segura e eficaz

Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre recomenda-se adiar a vacinação até a melhora.
  • Para crianças até 2 anos de idade, não aplicar simultaneamente com a vacina tríplice viral e aguardar intervalo mínimo de 30 dias entre as duas vacinas.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Todo e qualquer evento adverso grave e/ou inesperado deve ser notificado às autoridades de Saúde.

Efeitos e eventos adversos:

  • Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e muscular são os eventos mais frequentes e acontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nas segundas doses.
  • Manifestações locais como dor na área de aplicação ocorrem em 4% dos adultos vacinados e um pouco menos em crianças pequenas. A dor dura um ou dois dias, na forma leve ou moderada.
  • Reações alérgicas como erupções na pele, urticária e asma acontecem com frequência de um caso para 130 mil a 250 mil vacinados.
  • Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença). No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados.
  • Entre 1999 e 2009, ocorreu anafilaxia na proporção de 0,023 caso para cem mil doses aplicadas.
  • Entre 2007 e 2012, aconteceram 116 casos (0,2 caso em cem mil vacinados) de doença neurológica, principalmente quando se tratava de primeira dose e em idosos. Já a doença nos órgãos, chamada “viscerotrópica”, neste mesmo período, ocorreu em 21 pessoas (0,04 caso em cem mil vacinados).

O que previne:

Infecção pelo vírus Influenza (que causa a gripe) contidos nas vacinas.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Sua formulação contém proteínas de diferentes cepas do vírus Influenza definidas ano a ano conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza a vigilância nos hemisférios Norte e Sul. As cepas vacinais são cultivadas em ovos embrionados de galinha e, por isso, as vacinas contêm traços de proteínas do ovo.

Existe vacina trivalente, com duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, e vacina quadrivalente, com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B.

Quando a apresentação é monodose, ou seja, em seringas prontas com doses individuais, a vacina não contém conservantes. Já a apresentação multidose, como acontece com outras vacinas, contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.

Podem conter traços de formaldeído e antibióticos (geralmente gentamicina ou neomicina), utilizados durante a fabricação para prevenir contaminação por germes. Também contém cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

Para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença.

Contraindicação:

Pessoas com alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquemas de doses:

  • Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e revacinação anual.
  • A partir de 9 anos: dose única anual.
  • Para menores de 3 anos, na dependência da bula do fabricante, o volume a ser aplicado em cada dose pode ser de 0,25 mL ou 0,5 mL.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Pessoas com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia, devem receber vacina em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos.
  • No caso de história de síndrome de Guillain-Barré (SGB) até seis semanas após a dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-benefício antes de administrar nova dose.
  • Excetuando os casos aqui citados, não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento ocorrem em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.
  • Manifestações sistêmicas também são benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados. Têm início de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina. Reações anafiláticas são raríssimas.

Sabe-se que a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) pode ocorrer por mais de um motivo, mas em raras ocasiões seu surgimento coincidiu com a aplicação de uma vacina – nesses casos, surgiu entre um dia e seis semanas após a vacinação. Com exceção de uma vacina específica para gripe suína de 1976, todos os demais estudos que buscaram relação de causa entre vacinas influenza e SGB obtiveram resultados contraditórios, alguns encontrando essa relação e outros não. Até hoje não se sabe se a vacina influenza pode de fato aumentar o risco de recorrência da SGB em indivíduos que já a tiveram. Também é importante saber que alguns vírus podem desencadear essa síndrome.

O que previne:

Infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta do vírus inativado (morto) da hepatite A e da proteína de superfície do vírus da hepatite B. Também possui em sua composição: sais de alumínio, formaldeído, sulfato de neomicina, fenoxietanol, polissorbato 20, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

  • Crianças a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos.
  • É uma boa opção para pessoas que não foram vacinadas contra as duas hepatites.

Contraindicação:

  • Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.
  • Pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com antígenos do vírus da hepatite B.

Esquemas de doses:

  • Para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16: duas doses com intervalo de seis meses.
  • Para adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos: três doses, sendo a segunda aplicada um mês após a primeira, e a terceira, cinco meses após a segunda.
  • Pessoas com indicação de dose dobrada da vacina hepatite B ou esquema de quatro doses devem receber complementação com a vacina hepatite B.

Via de aplicação:

Intramuscular profunda.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Reações no local da aplicação, como vermelhidão e inchaço por mais de 24 horas e dor intensa foram relatados por 1,5% dos vacinados. Eventos gerais como febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, náusea e vômito ocorrem com 0,3% a 10% dos vacinados. Não há relato de eventos adversos graves, mas podemos esperar o mesmo risco que existe para as vacinas isoladas hepatite A e hepatite B.

O que previne:

Hepatite A.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído.

Nos serviços privados de vacinação estão disponíveis as apresentações pediátrica (para uso até 15, 17 ou 19 anos de idade, dependendo do fabricante) e de adultos.

Indicação:

Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquema de doses:

  • Duas doses com intervalo de seis meses.
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas.
  • O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alterou, em 201​7, a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar ​5 anos de idade.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em 10% dos vacinados ocorrem: irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local da aplicação.
  • Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação.
  • Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam sintomas respiratórios, rinite, vertigem, erupções na pele, dor muscular, rigidez muscular.
  • Em 0,01% a 0,1% houve diminuição da sensibilidade, dormências, coceira, calafrios.

O que previne:

Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta por proteína de superfície do vírus da hepatite B purificado, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção. Pode conter fosfato de sódio, fosfato de potássio e borato de sódio.

A rede pública utiliza a apresentação multidose (mais de uma dose por frasco), que contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.

Indicação:

Para pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.

Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.

Contraindicação:

Não deve ser aplicada em pessoas que apresentaram anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior. Ou nas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com componente hepatite B.

Esquema de doses:

  • Para a vacinação rotineira de crianças, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou o esquema de quatro doses: uma dose em formulação isolada ao nascimento e doses aos 2, 4 e 6 meses de vida, incluídas na vacina pentavalente de células inteiras. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento, em formulação isolada, e aos 2 e 6 meses de vida, como parte da vacina hexavalente acelular. Aos 4 meses é recomendada a vacina penta acelular, que não contém o antígeno hepatite B em sua formulação.
  • Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados no primeiro ano de vida, o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses, com intervalo de um ou dois meses entre primeira e a segunda doses e de seis  meses entre a primeira e a terceira.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais que 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em 3% a 29% dos vacinados pode ocorrer dor no local da aplicação; endurecimento, inchaço e vermelhidão acometem de 0,2% a 17% das pessoas.
  • Em relação às manifestações gerais, de 1% a 6% dos vacinados apresentam febre bem tolerada e autolimitada nas primeiras 24 horas após a aplicação; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal acometem de 1% a 20%.
  • A ocorrência de púrpura trombocitopênica idiopática após administração da vacina hepatite B é um evento raro, registrado em menos de 0,01% dos vacinados, e até hoje não foi bem estabelecido se esses poucos casos estão de fato relacionados à vacina ou se foi apenas coincidência. Nestes casos, as manchas roxas ou avermelhadas na pele e a diminuição da contagem de plaquetas que caracterizam a doença surgiram poucos dias a até dois meses depois da vacinação.
  • Anafilaxia também é muito rara: um caso em 600 mil adolescentes e adultos vacinados, sendo mais rara ainda em crianças.
  • Tais eventos adversos estão relacionados à vacina hepatite B isolada. Aqueles associados às vacinas combinadas com componente hepatite B podem ser encontrados nos tópicos que tratam de cada uma especificamente: DTPa-VIP-HB/Hib e DTPw-HB/Hib e vacina combinada hepatite A e B.

O que previne:

herpes zóster, popularmente conhecido como “cobreiro”, e sua principal complicação, a neuropatia pós-herpética, responsável por dor crônica, prolongada, de difícil controle e extremamente debilitante.

Do que é feita:

Trata-se de vacina composta por vírus vivos atenuados da varicela zóster (VVZ) da cepa Oka/Merck, sacarose, gelatina, ureia, cloreto de sódio, levoglutamato de sódio monoidratado, fosfato de sódio dibásico, fosfato de potássio monobásico, cloreto de potássio, traços de neomicina e de soro de bezerro e água para injeção. Não contém conservantes.

Indicação:

A vacina está licenciada para pessoas com 50 anos ou mais e é recomendada como rotina para maiores 60 anos de idade.

Contraindicação:

  • Pessoas imunodeprimidas.
  • Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina.
  • Pessoas com tuberculose ativa não tratada.
  • Gestantes.

Esquema de doses:

Uma dose.

Local de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • A vacinação não requer qualquer cuidado prévio.
  • Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda.
  • A vacinação de pessoas portadoras do vírus HIV deve ser avaliada por médico, que pode prescrevê-la se não houver comprometimento do sistema imunológico.
  • No caso de pacientes que já tiveram herpes zóster oftálmico, ainda não existem dados suficientes para indicar ou contraindicar a vacina.
  • Após quadro de herpes zóster, é preciso aguardar um ano para aplicar a vacina.
  • Até o momento não foi observada transmissão do vírus vacinal e doença (varicela) a partir de indivíduos que receberam a vacina varicela zóster.

Efeitos e eventos adversos:

A segurança da vacina foi avaliada em mais de 30 mil indivíduos acima de 50 anos, inclusive em maiores de 60, 70 e 80 anos, mesmo naqueles com doenças de base (cardiopatias, pneumopatias, diabetes, etc.).

A incidência de eventos adversos no local da aplicação foi de 34% nos indivíduos que receberam a vacina e de 6% nos indivíduos do estudo que receberam placebo ao invés de vacina. Em geral, foram manifestações de leves a moderadas: coceira, vermelhidão, inchaço, dor.

Entre os eventos gerais relatados estão:

  • Febre: ocorreu em menos de 1% dos vacinados.
  • Sintomas respiratórios: em 1,7% dos vacinados.
  • Diarreia: em 1,5% dos vacinados.
  • Alterações na pele: em 1,1% dos vacinados.
  • Cansaço: em 1,0% dos vacinados.

O que previne:

Meninas e mulheres de 9 a 45 anos:

Cânceres do colo do útero, da vulva, da vagina e do ânus causados pelos tipos de HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;

Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;

Verrugas genitais (condilomas) causados pelos HPV 6 e 11.

Meninos e homens de 9 a 45 anos:

Câncer de ânus causado pelos tipos de HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;

Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;

Verrugas genitais (condilomas) causadas pelos tipos de HPV 6 e 11.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção. Não contém conservantes ou antibióticos.

Indicação:

A vacina está licenciada para todas as pessoas entre 9 e 45 anos.

A administração da vacina em homens e mulheres fora da faixa etária prevista em bula — especialmente pessoas com comorbidades associadas a imunocomprometimento e homens que fazem sexo com homens — traz benefícios e deve ser avaliada pelo médico.

Contraindicação:

Gestantes e pessoas que apresentaram hipersensibilidade grave (anafilaxia) após receber uma dose da HPV9 ou HPV4 ou a algum de seus componentes.

Esquemas de doses:

A idade do início da vacinação determina o esquema:

Meninas e meninos de 9 a 14 anos: duas doses, com seis meses de intervalo (0-6 meses);

A partir de 15 anos: três doses (0-2-6 meses);

Imunodeprimidos de 9 a 45 anos, independentemente da idade: três doses (0-2-6 meses).

Observações:

Indivíduos que iniciam a vacinação antes de completar 15 anos devem receber duas doses, mesmo que a segunda dose seja aplicada após completar 15 anos.

A vacina HPV9 não está disponível no PNI atualmente. A vacinação no sistema público é feita com a HPV4 e demonstrou ser extremamente efetiva na redução em pessoas de ambos os sexos de casos de câncer relacionados ao HPV (como o de colo do útero, ânus e em outras localizações) e das verrugas genitais.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação;

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora;

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação;

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou;

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

A HPV9 demonstrou bom perfil de segurança, embora o risco de eventos adversos tenha sido um pouco aumentado na comparação com a vacina HPV4. Os eventos mais comumente observados são dor, inchaço, vermelhidão, prurido e hematoma no local da injeção, cefaleia, febre, náusea, tontura e fadiga.

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não causa infecção.

É composta por quatro componentes (três proteínas subcapsulares e vesículas da membrana externa do meningococo B), além de hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injeção.

Indicação:

  • Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
  • Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
  • Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

  • Para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de duas doses e um reforço da vacina meningocócica B: aos 3 e 5 meses de vida e entre os 12 e 15 meses. O esquema, no entanto, pode variar de acordo com a idade de aplicação da primeira dose (ver quadro abaixo):
Faixa etária de início da vacinaçãoNúmero de doses do esquema primárioIntervalo entre dosesReforço
3 a 11 mesesDuas dosesDois mesesUma dose entre 12 e 15 meses
12 a 23 mesesDuas dosesDois mesesUma dose, com intervalo de 12 a 23 meses da última dose
A partir dos 24 mesesDuas dosesUm mêsNão foi estabelecida a necessidade de reforços
  • Para adolescentes não vacinados antes, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês.
  • Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês.
  • Grupos de alto risco, como pessoas vivendo com HIV, portadores de asplenia anatômica ou funcional, que tenham deficiência de complemento ou em uso de eculizumabe ou outros medicamentos biológicos que interferem na via do complemento: três anos após completar o esquema, tomar uma dose de reforço.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • A administração de paracetamol antes ou logo após a vacinação pode reduzir o risco de febre e não interfere na resposta imune à vacina.
  • Não são necessários outros cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Evitar aplicação simultânea com as vacinas tríplice bacteriana, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, para reduzir chance de febre alta após a vacinação.
  • Pode ser aplicada no mesmo momento em que as vacinas meningocócicas ACWY ou C.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.
  • Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). Em 0,01% a 0,1% ocorrem urticária e outras reações alérgicas. Até o momento não foi observada anafilaxia.
  • Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor. A dor pode ser muito intensa, atrapalhando a realização das atividades cotidianas. Não é conhecido o risco para anafilaxia, e reações alérgicas graves não foram verificadas durante os estudos com a vacina.

O que previne:

Doenças causadas pelo meningococo C (incluindo meningite e meningococcemia).

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença .

Contém antígeno formado por componente da cápsula da bactéria (oligossacarídeo) do sorogrupo C conjugado a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM 197. Contém também adjuvante hidróxido de alumínio, manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

  • Para crianças e adolescentes.
  • Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquemas de doses:

  • A SBIm recomenda que a vacina meningocócica conjugada quadrivalente (ACWY) seja preferida para crianças, adolescentes e adultos, visto que protege contra três outros tipos de meningococos, além do C (ver calendários de vacinação: CriançaAdolescenteMulherHomem e Idoso.
  • Para crianças, a vacinação de rotina deve iniciar aos 3 meses de idade com duas doses no primeiro ano de vida e reforços entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade.
  • Para adultos, somente em situações que justifiquem, em dose única.
  • O PNI disponibiliza três doses da vacina meningocócica C na infância: aos 3 e 5 meses, e um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado até antes de completar 5 anos. Para adolescentes, uma dose é oferecida entre os 11 e 12 anos (como reforço ou dose única, a depender da situação vacinal).

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • As reações, quando acontecem, manifestam-se nas primeiras horas após a vacinação e melhoram em cerca de 72 horas. Em mais de 10% dos vacinados ocorrem: vermelhidão, inchaço, dor ou sensibilidade no local da aplicação; dor de cabeça (principalmente em adultos). Em crianças com menos de 2 anos podem ocorrer vômitos, diarreia, inapetência, sonolência e agitação.
  • Entre 1% e 10% dos vacinados são acometidos por febre maior ou igual a 38°C, irritabilidade, choro intenso (em crianças com menos de 2 anos) e dores musculares.
  • Muito raramente (em menos de 0,01%) ocorre aumento de gânglios, nódulo no local da aplicação, reação alérgica grave (chiados, inchaço facial, queda da pressão, dificuldade de respiração), tontura, convulsões, flacidez dos músculos, enjoo, dor na barriga, manchas na pele, problemas de rim, dermatite com formação de bolhas na pele, urticária.

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém antígenos das cápsulas dos meningococos dos sorogrupos A, C, W e Y conjugados a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico, diftérico, ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM-197. Pode conter também sacarose; trometamol; fosfato de potássio diidrogenado; cloreto de sódio; fosfato de sódio diidrogenado monoidratado; fosfato dissódico hidrogenado diidratado; cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

  • Para crianças a partir de 2 meses e adolescentes.
  • Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças e adolescentes. Na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a vacina meningocócica C conjugada.
  • Para crianças, a vacinação de rotina deve iniciar aos 3 meses de idade com duas doses no primeiro ano de vida (dependendo das recomendações das bulas) e reforços entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.
  • Para adultos, dose única, a depender de risco epidemiológico ou condição de saúde.

Via de aplicação:

Exclusivamente pela via intramuscular profunda.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Pode ser aplicada no mesmo momento em que a vacina meningocócica B.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em 10% dos vacinados ocorrem: inchaço, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; sonolência; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular. Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrintestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações. Em 0,1% a 1% dos vacinados ocorrem: insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; coceira; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar. Em 0,01% a 0,1%, principalmente em adultos, acontece inchaço extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associado à vermelhidão, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou inchaço de todo o membro.
  • As reações tendem a desaparecer em até 72 horas.

O que previnem:

A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos.

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.

Do que são feitas:

Tratam-se de vacinas inativadas, portanto não têm como causar as doenças.

A VPC10 é composta de dez sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo), oito deles conjugados com a proteína D do Haemophilus influenzae tipo b, um com o toxoide tetânico e outro com toxoide diftérico. Contém também cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção.

A VPC13 é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção.

Indicações:

  • Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade é recomendada a vacinação rotineira com VPC10 ou VPC13.
  • Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.
  • Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.

Contraindicação:

Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente da vacina ou após dose anterior da vacina.

Esquemas de doses:

VPC10 ou VPC13

  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam, sempre que possível, o uso da VPC13, devido à proteção contra mais sorotipos.
  • O Programa Nacional de Vacinação passou a adotar, em 2016, na rotina de vacinação infantil, duas doses de VPC10 com intervalo mínimo de 2 meses no primeiro ano de vida e uma dose de reforço aos 12 meses de idade.   
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a vacinação infantil de rotina com quatro doses da vacina VPC13: aos 2, 4 e 6 meses de vida e reforço entre 12 e 15 meses.
  • Para crianças entre 1 e 2 anos e não vacinadas: duas doses com intervalo de dois meses.         
  • Para crianças entre 2 e 5 anos de idade:
    • Não vacinadas: uma dose.
    • Portadoras de doenças crônicas que justifiquem, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

Crianças que começam a vacinação com atraso, após os 6 meses de vida, precisam que seus esquemas sejam adaptados de acordo com a idade de início. Crianças vacinadas com a VPC10 podem ser beneficiadas pela VPC13. A vacina deve ser administrada no mínimo dois meses após a última VPC10 e o númer de doses dependerá do recomendado para a idade em que a primeira dose de VPC13 for aplicada.

VPC13

  • Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não vacinados: dose única. Em algumas situações, duas doses com intervalo de dois meses podem estar indicadas. Nesses casos, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23). Clique para saber mais.
  • Para os maiores de 60 anos, recomenda-se de rotina complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

Crianças menores de 6 anos que completaram o esquema de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde com a vacina VPC10 têm benefícios se tomarem mais uma dose da VPC13, o que aumenta a proteção contra a doença pneumocócica. O número de doses dependerá da idade em que a primeira dose de VPC13 for aplicada.

Via de aplicação:

  • VPC10 – Intramuscular.
  • VPC13 – Intramuscular.

Efeitos e eventos adversos:

  • VPC10 – Dor, inchaço e vermelhidão são relatados por 38,3% dos vacinados. Entre os sintomas gerais, irritabilidade é o mais comum (52,3%). Em mais de 10% ocorre sonolência, perda de apetite e febre. Entre 0,1% e 0,01% dos vacinados (crianças com até 5 anos) apresentam dificuldade respiratória, diarreia, vômitos, choro persistente. Erupções na pele e convulsões ocorrem em menos de 0,01% dos vacinados.
  • VPC13 – Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorrem: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Entre 1% e 10% dos vacinados relatam: diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Entre 0,1% e 1% são acometidos por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia.
  • Em adultos, mais de 10% apresentam: diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço). Em 1% a 10% ocorrem vômitos e febre. Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam: náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Os eventos adversos são mais frequentes quando as vacinas são aplicadas no mesmo dia que a vacina DTPw-HB/Hib.

O que previne:

Doenças causadas por 23 tipos de pneumococos.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta de partículas purificadas (polissacarídeos) das cápsulas de 23 tipos de Streptococos pneumoniae (pneumococo), cloreto de sódio, água para injeção e fenol.

Indicação:

  • Para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para doença pneumocócica (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, entre outras condições).
  • Para pessoas a partir de 60 anos deve ser aplicada de rotina.
  • Não é recomendada como rotina para crianças, adolescentes e adultos saudáveis.

Contraindicação:

Crianças, adolescentes e adultos que apresentaram anafilaxia causada por algum componente ou dose anterior da vacina.

Esquemas de doses:

  • Recomenda-se a combinação da VPP23 com a VPC13. Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VPC10 ou VPC13) — veja as indicações de cada uma — e aplicar uma dose da VPP23 seis a 12 meses depois da dose da vacina conjugada, e outra cinco anos após a primeira dose de VPP23.
  • Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP23.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • As reações adversas mais frequentes, que ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são: dor no local da aplicação (60,0%), inchaço ou endurecimento (20,3%); vermelhidão (em 16,4%); dor de cabeça (17,6%); cansaço (13,2%) e dor muscular (11,9%). Reações locais mais intensas, com inchaço de todo braço, chegando até o cotovelo, hematoma e manchas vermelhas podem ocorrer em menos de 10% dos vacinados.
  • Todas as reações adversas são mais frequentes após revacinação em intervalos curtos em relação a doses anteriores. Acredita-se que estejam relacionadas com a presença de grande quantidade de anticorpos no organismo.

O que previne:

Difteriatétano e coqueluche.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio e água para injeção.

A quantidade de toxoide diftérico e de componentes pertussis é menor que na vacina infantil (DTPa).

Indicações:

  • Para reforço das vacinas DTPa ou DTPw em crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.
  • Gestantes.
  • Todas as pessoas que convivem com crianças menores de 2 anos, sobretudo com bebês com menos de 1 ano, incluindo familiares, babás, cuidadores e profissionais da Saúde.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia ou sintomas neurológicos causados por algum componente da vacina ou após a administração de dose anterior.

Esquema de doses:

  • Pode ser usada para a dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.
  • Recomendada para o reforço na adolescência.
  • Recomendada para os reforços em adultos e idosos.
  • Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.
  • As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gestação, ​a partir da 20ª semana de gestação. ​Se não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose após o parto​, o mais precocemente possível (de preferência ainda na maternidade).
  • Para crianças com mais de 3 anos, adolescentes e adultos não vacinados, com histórico vacinal desconhecido ou esquema básico contra o tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento, seguida de uma ou duas outras doses da dT (dependendo de quantas faltam para completar o esquema de três doses contra o tétano). A vacina dTpa pode substituir a vacina dT.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em crianças com até 9 anos podem ocorrer: irritabilidade, sonolência, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e fadiga em mais de 10% dos vacinados. Até 10% podem manifestar falta de apetite, dor de cabeça, diarreia, vômito e febre. Distúrbios da atenção, irritação nos olhos e erupção na pele são incomuns – acometem apenas 0,1% a 1% dos vacinados.
  • Mais de 10% das crianças a partir de 10 anos, adolescentes e adultos experimentam dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), cansaço e mal-estar. Em até 10% acontecem tontura, náusea, distúrbios gastrintestinais, febre, nódulo ou abscesso estéril (sem infecção) no local da aplicação. São incomuns (entre 0,1% e 1% dos vacinados) sintomas respiratórios, faringite, aumento dos gânglios linfáticos, síncope (desmaio), tosse, diarreia, vômito, transpiração aumentada, coceira, erupção na pele, dor articular e muscular e febre acima de 39ºC.
  • A anafilaxia ocorre com menos de 0,01% das pessoas; inchaço generalizado, convulsões, urticária e fraqueza muscular com 0,01% a 0,1% dos vacinados.
  • A experiência com o uso da vacina sugere que há um pequeno aumento do risco de eventos adversos locais com a vacinação em doses repetidas e próximas (esquema de três doses em seis meses) em adultos com mais de 40 anos, bem como na dose de reforço das crianças (a partir de 10 anos de idade).

O que previne:

Difteriatétanocoqueluche e poliomielite.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), vírus da poliomielite inativados (mortos) tipos 1, 2 e 3, sal de alumínio como adjuvante, 2-fenoxietanol, polissorbato 80, cloreto de sódio e água para injeção.

Pode conter ainda traços de formaldeído, neomicina e polimixina B usados no processo de fabricação.

Indicações:

  • Para crianças a partir de 3 ou 4 anos de idade, adolescentes e adultos, para os reforços de seus esquemas de vacinação.
  • Pode substituir as formulações infantis da vacina tríplice bacteriana (DTPa e suas combinações) no reforço de 4 a 5 anos de idade.
  • Para adolescentes e adultos, pode substituir a vacina dTpa e é a alternativa para viajantes com destinos às áreas de risco para poliomielite.
  • Para gestantes, pode substituir a dTpa na indisponibilidade desta vacina ou quando se trata de gestante viajante para área de risco para a poliomielite.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia após uso de componentes da vacina ou dose anterior.

Esquema de doses:

Pode substituir qualquer dose de dTpa. Em caso de viagens a locais de risco para a poliomielite, pode ser aplicada mesmo em pessoas que estejam em dia com a dTpa.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em crianças, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: sonolência e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço). Entre 1% e 10% dos vacinados podem apresentar perda de apetite, irritabilidade, dor de cabeça e febre acima de 37,5ºC. Entre 0,1% a 1%: aumento dos gânglios, sono inquieto, apatia, garganta seca, diarreia, vômito, dor abdominal, náusea e cansaço.
  • Em adolescentes e adultos, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e cansaço. Entre 1% a 10% dos vacinados: distúrbios gastrintestinais, febre acima de 37,5ºC, hematoma no local da aplicação. Entre 0,1% e 1% dos vacinados ocorrem: aumento dos gânglios, diminuição do apetite, sensação de formigamento, sonolência, tontura, coceira, dor muscular, dor nas articulações, febre acima de 39ºC, calafrios.

O que previne:

Sarampocaxumba e rubéola.

Do que é feita:

Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba; aminoácidos; albumina humana; sulfato de neomicina; sorbitol e gelatina. Contém também traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina.

No Brasil, uma das vacinas utilizadas na rede pública contém traços de lactoalbumina (proteína do leite de vaca).

Indicação:

Crianças, adolescentes e adultos.

Contraindicação:

  • Gestantes, pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação, história de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente.
  • A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. Teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, é recomendado que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.

Esquemas de doses:

  • A SBIm considera protegido todo indivíduo que tomou duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.
  • Em situação de risco para o sarampo – surtos ou exposição domiciliar, por exemplo – a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. Essa dose, porém, não conta para o esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas doses a partir dos 12 meses, com intervalo mínimo de 1 mês.
  • Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina SCR ou a combinada SCR-V (tetraviral).
  • Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas, a SBIm recomenda duas doses, com intervalo de um a dois meses.
  • Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas: duas doses com intervalo de um a dois meses.
  • Em casos de surto de caxumba ou sarampo, pode ser considerada a aplicação de uma terceira dose em pessoas com esquema completo. Não há, no entanto, evidências que justifiquem a medida na rotina.
  • Na rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação infantil, a primeira dose desta vacina é aplicada aos 12 meses de idade; e aos 15 meses (quando é utilizada a vacina combinada à vacina varicela [tetraviral: SCR-V]). Também podem se vacinar gratuitamente indivídos até 29 anos (duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias) e indivíduos entre 30 e 59 anos (uma dose).
  • Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba e rubéola são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.

Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Pessoas que usaram medicamentos imunossupressores devem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento, de acordo com critério médico.
  • Pessoas em uso de quimioterápicos contra câncer, ou outro medicamento que cause imunossupressão, só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento, de acordo com critério médico.
  • Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após a cirurgia.
  • É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a vacinação. Mas caso a vacinação aconteça inadvertidamente durante a gestação, ou a mulher engravide logo depois de ser vacinada, não é indicada a interrupção da gravidez, pois o risco de problemas para o feto é teórico, por tratar-se de vacina atenuada. Não há relatos na literatura médica de problemas decorrentes desse tipo de situação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser notificados ao serviço que realizou a vacinação e investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • As reações locais acometem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.
  • Febre alta (maior que 39,5⁰C), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Algumas crianças podem apresentar convulsão febril, sem consequências graves. Em 0,5% a 4% dos vacinados também pode ocorrer dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza cinco a 12 dias após a vacinação. Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, com permanência em torno de dois dias, surgem em 5% dos vacinados. Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados a partir de sete a 21 dias de vacinado. Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.
  • Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após a vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose.
  • A associação da vacina com autismo foi totalmente descartada.
  • Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foram descritas na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação. Contudo, essa ocorrência contraindica outras doses da vacina tríplice viral.
  • Dor articular ou artrite surge em 25% das mulheres após a puberdade, de um a 21 dias depois da vacinação. Essa reação é transitória, benigna e não contraindica outras doses da vacina.
  • Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacinação.
  • A anafilaxia é muito rara e ocorre quase sempre nos primeiros 30 minutos depois de administrada a vacina. Nesse caso, contraindicam-se doses subsequentes.

O que previne:

Varicela (catapora).

Do que é feita:

Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” da varicela, além de gelatina, traços de neomicina, água para injeção. Não contém traços de proteína do ovo de galinha.

Indicação:

  • É recomendada de rotina para crianças a partir de 12 meses (excepcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também para crianças menores, a partir de 9 meses).
  • Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados.

Contraindicação:

  • Pessoas que tiveram anafilaxia causada por qualquer dos componentes da vacina ou após dose anterior, e gestantes.
  • Pessoas com deficiência do sistema imunológico, seja por doença ou tratamento imunossupressor, devem ser consultadas por um médico para a indicação, pois muitas vezes os danos causados pelo adoecimento é maior que o risco oferecido pela vacina.

Esquema de doses:

  • O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza uma dose da vacina varicela, aos 4 anos de idade, correspondente à segunda dose do esquema contra varicela. A primeira dose é aplicada aos 15 meses, como parte da vacina tetraviral (SCR-V).
  • A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, a vacina SCR-V pode ser usada nas duas doses.
  • Para crianças até 11 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.
  • Em situação de surto na comunidade ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir de 9 meses — essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada. A criança deverá tomar as duas doses de rotina, aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade.

Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • As crianças que usaram medicamentos imunossupressores podem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do tratamento, a critério médico.
  • Crianças em uso de quimioterapia para tratar o câncer só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento, a critério médico.
  • Crianças que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma) devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • A vacina varicela é segura em indivíduos imunocompetentes, com taxa de eventos adversos variando de 5% a 35%. Imunodeprimidos podem apresentar eventos adversos mais intensos, embora raramente graves.
  • Em 26% dos vacinados ocorre dor no local da aplicação e em 5% ocorre vermelhidão. Em 1% a 3% podem ser observadas vesículas próximas ao local da aplicação.
  • De 3% a 5% dos indivíduos apresentam exantema pelo corpo, semelhante às lesões causadas pela varicela, com duas a cinco lesões aparecendo entre cinco e 26 dias após a vacinação. Já as lesões que surgem duas ou mais semanas após a aplicação da vacina são indicativas da doença provocada pelo vírus varicela zóster que foi adquirido antes da vacinação e ficou incubado.

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