Criança

O que previne:

Tuberculose – principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo).

Do que é feita:

É composta pelo bacilo de Calmette-Guérin – origem do nome BCG – obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. Completam sua composição o glutamato de sódio e a solução fisiológica (soro a 0,9%).

Indicação:

A vacina é indicada de rotina a partir do nascimento até antes de a criança completar 5 anos de idade.

Pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra).

Contraindicação:

  • Pessoas imunodeprimidas e recém-nascidos de mães que usaram medicamentos que possam causar imunodepressão do feto durante a gestação.
  • Prematuros, até que atinjam 2 kg de peso.

Esquema de doses:

Dose única.

Local de aplicação:

Intradérmica.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

A vacinação não requer qualquer cuidado prévio.

Na maioria das vezes, haverá uma reação no local da aplicação com posterior formação de cicatriz. É importante não colocar produtos, medicamentos ou curativos, pois trata-se de uma resposta esperada e normal à vacina.

A revacinação de crianças que não desenvolveram cicatriz deixou de ser recomendada pelo Ministério da Saúde em fevereiro de 2019.

Efeitos e eventos adversos:

A BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica, com até 1 cm de diâmetro, no local em que foi aplicada – como rotina, no braço direito. Essa reação é esperada! A resposta à vacina demora cerca de três meses (12 semanas), podendo se prolongar por até seis meses (24 semanas), e começa com uma mancha vermelha elevada no local da aplicação, evolui para pequena úlcera, que produz secreção até que vai cicatrizando.

Eventos adversos possíveis: úlceras com mais de 1 cm ou que demoram muito a cicatrizar; gânglios ou abscessos na pele e nas axilas; disseminação do bacilo da vacina pelo corpo, causando lesões em diferentes órgãos.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), os gânglios surgem em cerca de 10% dos vacinados.

Qualquer que seja o evento, o serviço de vacinação deve notificá-lo ao órgão de vigilância em Saúde e encaminhar o paciente ao posto de saúde para acompanhamento e tratamento adequados.

  • Vacina quíntupla acelular (DTPa-VIP/Hib) — também conhecida como “penta”, inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib).
  • Vacina sêxtupla acelular (DTPa-VIP-HB/Hib) — também conhecida como “hexa”, inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP), a hepatite B (HB) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib).

O que previne:

Do que é feita:

Tratam-se de vacinas inativadas, portanto, não têm como causar doença.

DTPa-VIP/Hib: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado e vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.

DTPa-VIP-HB/Hib: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado, vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3 e componente da superfície do vírus da hepatite B. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.

Indicação:

As duas vacinas são recomendadas para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.

Contraindicações:

  • Maiores de 7 anos.
  • Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias seguintes à aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis.
  • Anafilaxia a qualquer componente da vacina.

Esquema de doses:

Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir o uso da vacina quíntupla (penta) ou sêxtupla (hexa). Veja DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de DTPa ou dTpa-VIP.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw).
  • Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência. De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH); menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia. Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.

O que previnem

Atualmente, existem duas vacinas contra a dengue no Brasil. Ambas são atenuadas e previnem a infecção causada pelos quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Nos ensaios clínicos, as duas vacinas apresentaram eficácia variável, de acordo com o sorotipo viral, idade do vacinado e status sorológico no início do esquema vacinal. Em indivíduos soropositivos antes da vacinação, a eficácia foi mais elevadas eficácias gerais, considerando tanto pessoas soronegativas como soropositivas antes da vacinação, são as seguintes: 

  • QDenga® (Takeda) – até 54 meses após a segunda dose: cerca de 63% de eficácia para doença sintomática de qualquer gravidade e 85% dengue grave, hemorragica e para internação.
  • Dengvaxia® (Sanofi) – até 25 meses após a terceira dose: cerca de 65% de eficácia para doença sintomática; 79% para dengue grave; 93% para dengue hemorrágica e mais de 80% para internação

Do que são feitas

As duas vacinas utilizam a tecnologia de DNA recombinante, em que genes dos diferentes sorotipos do vírus da dengue são inseridos na estrutura genética de um vírus atenuado. A diferença entre as vacinas está no vírus atenuado utilizado como estrutura genética de “base”: a Dengvaxia usa o vírus vacinal da febre amarela, e a QDenga® usa o próprio DENV-2 atenuado.

Além dos vírus atenuados, as vacinas têm nas suas composições:

  • QDenga®: trealose di-hidratada, poloxaleno, albumina sérica humana, fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico di-hidratado, cloreto de potássio e cloreto de sódio. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injetáveis. Sem adjuvantes e conservantes.
  • Dengvaxia®: aminoácidos essenciais (incluindo fenilalanina), aminoácidos não essenciais, cloridrato de arginina, sacarose, trealose di-hidratada, sorbitol, trometamol e ureia. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injetáveis. Não contém adjuvantes e conservantes.

Indicação

QDenga®: crianças a partir de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos, tanto soronegativos como soropositivos para dengue.

Dengvaxia®: crianças a partir de 6 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos. A vacina é recomendada somente para pessoas previamente infectadas por um dos vírus da dengue (soropositivos).

Contraindicações

  • Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina;
  • Gestantes;
  • Mulheres amamentando;
  • Imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias imunossupressoras;
  • Pessoas que vivem com o vírus HIV, sintomáticas ou assintomática, quando acompanhado por evidência de função imunológica comprometida.

Importante: A Dengvaxia® também é contraindicada para pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue (soronegativos).

Esquema de doses

QDenga®: duas doses, com intervalo de três meses.

Dengvaxia®: três doses, com intervalo de seis meses.

Via de aplicação

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação

  • Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda de intensidade moderada a grave;
  • A vacinação de pessoas que vivem com o vírus HIV/AIDS deve ser avaliada pelo(a) médico(a), que pode prescrever a vacina se não houver comprometimento do sistema imunológico;
  • Em pacientes que receberam imunossupressores e/ou doses elevadas de corticosteroides sistêmicos por duas semanas ou mais, é preciso adiar a vacinação até a função imunológica estar restaurada, de acordo com a avaliação do médico assistente;
  • A vacinação de pessoas com enfermidades que cursam com imunocomprometimento deve ser avaliada pelo médico assistente;
  • Mulheres em idade fértil devem evitar engravidar por quatro semanas após vacinação.
  • Verificar histórico prévio de adoecimento por dengue, já que a Dengvaxia® é contraindicada para pessoas que não infectadas previamente (soronegativas), pois há risco aumentado de hospitalização e dengue com sinal de alarme nesses indivíduos se adoecerem após vacinação.

Efeitos e eventos adversos

  • Reações adversas mais relatadas: dor de cabeça, dor no local da injeção, mal-estar e mialgia.

Geralmente são de gravidade leve a moderada, de curta duração (até três dias), tipicamente observadas em até três dias após a vacinação e mais frequentes após a primeira dose. Em decorrência de viremia pelo vírus vacinal, pode ser observada febre de início tardio (até 30 dias após vacinação).

  • Outras reações adversas possíveis: vermelhidão inchaço, hematoma e coceira no local da injeção, artralgia, fraqueza, febre, surgimento de gânglios (linfoadenopatia), náuseas e erupção cutânea.
  • Eventos graves são extremamente raros.

Onde podem ser encontradas

QDenga®: 

  • Nos serviços privados de vacinação para toda a faixa de licenciamento.
  • Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos;

Dengvaxia®: Nos serviços privados de vacinação..

O que previne:

Difteria e tétano.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém toxoides diftérico e tetânico, derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças, sal de alumínio como adjuvante, cloreto de sódio, e água para injeção.

Indicação:

Para crianças menores de 7 anos de idade, que tenham apresentado encefalite nos sete dias subsequentes à administração de dose anterior de vacina contendo componente coqueluche (DTPw ou DTPa).

Contraindicações:

  • Pessoas a partir de 7 anos de idade.
  • Não deve ser utilizada de rotina. A vacina recomendada de rotina para crianças é a tríplice bacteriana e suas combinações, que também protegem contra a coqueluche.

Esquema de doses:

Uma a três doses, de acordo com o histórico de cada criança e sob orientação médica.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24-72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Na maioria das vezes ocorrem apenas manifestações leves e transitórias no local de aplicação, com melhora dos sintomas entre 24 a 48 horas. Dor, vermelhidão e inchaço acometem de 9% a 42% das crianças, enquanto apenas 4% a 6% apresentam o grande inchaço – maior que 2 cm de diâmetro.
  • De 9% a 35% dos vacinados apresenta febre baixa a moderada, e apenas 0,2% apresentam febre alta.
  • Sonolência prolongada pode surgir nas primeiras 24 horas após a aplicação em 43% a 54% das crianças.
  • Falta de apetite de baixa intensidade e de pouca duração nas primeiras 24 horas pode ocorrer com 22% a 26% dos vacinados; enquanto o percentual que apresenta vômito é de 9% a 15%.
  • Irritabilidade é frequente em 55% a 67% dos vacinados.
  • Choro persistente acontece em 0,06% dos vacinados e choro contínuo por mais de uma hora em 5% a 6% deles.

O que previne:

Febre amarela.

Do que é feita:

No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pelos serviços privados de vacinação e eventualmente pela rede pública. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. A vacina de Biomanguinhos apresenta em sua formulação gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção. Já a da Sanofi Pasteur contém: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina.

As duas têm perfis de segurança e eficácia semelhantes, estimados em mais de 95% para maiores de 2 anos.

É importante ressaltar que os estudos para o uso de doses fracionadas, recomendado apenas durante campanhas do Ministério da Saúde, em localidades e períodos bem definidos, foram realizados apenas com a vacina de Bio-Manguinhos. Não há, portanto, autorização para a administração de doses fracionadas da vacina da Sanofi Pasteur.

Indicação:

Pessoas a partir de 9 meses de idade.

Contraindicações:

  • Crianças abaixo de 6 meses de idade.
  • Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por exame de laboratório.
  • Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação.
  • Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina.
  • Gestantes, salvo em situações de alto risco de infecção, o que deve ser avaliado pelo médico;
  • Mulheres amamentando bebês com até 6 meses. Se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias. Procure o pediatra para mais orientações.
  • Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
  • Pacientes com câncer.
  • Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras).
  • Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).
  • Em princípio há contraindicação para gestantes, mas a administração deve ser analisada de acordo com o grau de risco, por exemplo, na vigência de surtosrianças abaixo de 6 meses de idade.

Grupos com precaução para vacinação:

Em situações de aumento das chances de infecção pelo vírus selvagem da febre amarela, a vacinação pode ser recomendada para pessoas com algumas condições clínicas que inicialmente seriam consideradas contraindicação. Cabe a(o) médico(a) avaliar a relação risco-benefício.

  • Indivíduos a partir de 60 anos não previamente vacinados: embora raro, está descrito risco aumentado de eventos adversos graves na primovacinação nesta faixa etária;
  • Pessoas vivendo com HIV/Aids, assintomáticas e que apresentem o LT-CD4 ≥ 350 células/mm3. Poderá ser utilizado o último exame de LT-CD4 (independentemente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável;
  • Pessoas após término de tratamento com quimioterapia (venosa ou oral) e sem previsão de novo ciclo: administrar a vacina após três meses do término da quimioterapia;
  • Pessoas que fizeram uso de medicamento anticélulas B e Fludarabina: aguardar seis meses de intervalo;
  • Pessoas submetidas a transplante de células tronco hematopoiéticas: administrar a vacina a partir de 24 meses após o transplante se não houver doença do enxerto versus hospedeiro e/ou recaída da doença de base e/ou uso de imunossupressor;
  • Síndrome Mieloproliferativa Crônica: administrar a vacina se padrão laboratorial for estável e com neutrófilos acima de 1500 céls/mm³;
  • Síndrome Linfoproliferativa: administrar a vacina três meses após o término da quimioterapia (exceto no caso de uso de medicamento anti-células B, quando o intervalo deve ser de seis meses);
  • A administração da vacina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico ou outras doenças autoimunes deve ser avaliada com cuidado, pois pode haver imunossupressão nesses pacientes.
  • Doenças hematológicas:
    • Hemofilia e doenças hemorrágicas hereditárias: administrar a vacina conforme orientação do Calendário Nacional de Vacinação. Recomenda-se o uso de compressas frias antes e depois da aplicação da vacina;
    • Doença Falciforme: sem uso de hidroxiureia: administrar a vacina conforme o Calendário Nacional de Vacinação; em uso de hidroxiureia: administrar a vacina somente se contagem de neutrófilos acima de 1500 céls/mm³;

Esquema de doses:

Rotina

  • Crianças até 4 anos: duas doses, aos 9 meses e aos 4 anos.
  • Acima de 4 anos: Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.

Observação: O Ministério da Saúde usou em 2018 doses fracionadas como forma de conter o surto vigente na ocasião. A estratégia é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como segura e eficaz

Exigência de vacinação para viajantes

Como o Brasil é considerado endêmico para a febre amarela, alguns países (acesse a lista) só permitem a entrada de viajantes brasileiros que apresentem o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) com registro de dose aplicada no mínimo 10 dias da viagem. A dose fracionada não é válida para esse fim.

Para obter o documento é necessário procurar os serviços públicos ou privados habilitados ou acessar o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para emissão online. Mais informações em https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-o-certificado-internacional-de-vacinacao-e-profilaxia ou por meio do telefone 0800-642-9782.

Quando há contraindição para a vacinação, o médico(a) poderá emitir o certificado de isenção da vacinação contra febre amarela com a justificativa da isenção. Para informações sobre como obter este certificado, acesse https://civnet.anvisa.gov.br/app/viajante/login?wicket-crypt=CMd8D9wZbAY

Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre recomenda-se adiar a vacinação até a melhora.
  • Para crianças até 2 anos de idade, não aplicar simultaneamente com a vacina tríplice viral e aguardar intervalo mínimo de 30 dias entre as duas vacinas.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Todo e qualquer evento adverso grave e/ou inesperado deve ser notificado às autoridades de Saúde.

Efeitos e eventos adversos:

  • Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e muscular são os eventos mais frequentes e acontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nas segundas doses.
  • Manifestações locais como dor na área de aplicação ocorrem em 4% dos adultos vacinados e um pouco menos em crianças pequenas. A dor dura um ou dois dias, na forma leve ou moderada.
  • Reações alérgicas como erupções na pele, urticária e asma acontecem com frequência de um caso para 130 mil a 250 mil vacinados.
  • Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença). No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados.
  • Entre 1999 e 2009, ocorreu anafilaxia na proporção de 0,023 caso para cem mil doses aplicadas.
  • Entre 2007 e 2012, aconteceram 116 casos (0,2 caso em cem mil vacinados) de doença neurológica, principalmente quando se tratava de primeira dose e em idosos. Já a doença nos órgãos, chamada “viscerotrópica”, neste mesmo período, ocorreu em 21 pessoas (0,04 caso em cem mil vacinados).

O que previne:

Infecção pelo vírus Influenza (que causa a gripe) contidos nas vacinas.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Sua formulação contém proteínas de diferentes cepas do vírus Influenza definidas ano a ano conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza a vigilância nos hemisférios Norte e Sul. As cepas vacinais são cultivadas em ovos embrionados de galinha e, por isso, as vacinas contêm traços de proteínas do ovo.

Existe vacina trivalente, com duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, e vacina quadrivalente, com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B.

Quando a apresentação é monodose, ou seja, em seringas prontas com doses individuais, a vacina não contém conservantes. Já a apresentação multidose, como acontece com outras vacinas, contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.

Podem conter traços de formaldeído e antibióticos (geralmente gentamicina ou neomicina), utilizados durante a fabricação para prevenir contaminação por germes. Também contém cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

Para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença.

Contraindicação:

Pessoas com alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquemas de doses:

  • Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e revacinação anual.
  • A partir de 9 anos: dose única anual.
  • Para menores de 3 anos, na dependência da bula do fabricante, o volume a ser aplicado em cada dose pode ser de 0,25 mL ou 0,5 mL.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Pessoas com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia, devem receber vacina em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos.
  • No caso de história de síndrome de Guillain-Barré (SGB) até seis semanas após a dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-benefício antes de administrar nova dose.
  • Excetuando os casos aqui citados, não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento ocorrem em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.
  • Manifestações sistêmicas também são benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados. Têm início de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina. Reações anafiláticas são raríssimas.

Sabe-se que a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) pode ocorrer por mais de um motivo, mas em raras ocasiões seu surgimento coincidiu com a aplicação de uma vacina – nesses casos, surgiu entre um dia e seis semanas após a vacinação. Com exceção de uma vacina específica para gripe suína de 1976, todos os demais estudos que buscaram relação de causa entre vacinas influenza e SGB obtiveram resultados contraditórios, alguns encontrando essa relação e outros não. Até hoje não se sabe se a vacina influenza pode de fato aumentar o risco de recorrência da SGB em indivíduos que já a tiveram. Também é importante saber que alguns vírus podem desencadear essa síndrome.

O que previne:

Doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, principalmente meningite.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta de pó liofilizado com polissacarídeo da cápsula da bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib) conjugado com toxoide tetânico, lactose, cloreto de sódio, água para injeção. As apresentações multidose contêm fenol. Na vacina disponível na rede pública há timerosal (derivado do mercúrio).

Pode ser encontrada isolada ou combinada com a vacina tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa).

Indicação:

  • Crianças a partir de 2 meses, até 5 anos de idade.
  • Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos com condições médicas que aumentam o risco para doenças por Hib: ausência de baço ou disfunção nesse órgão; antes e/ou após transplante de órgão ou medula óssea; após quimioterapia; entre outras.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.

Esquemas de doses:

  • O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda e disponibiliza a vacina em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam uma quarta dose entre 12 e 18 meses, em especial para crianças vacinadas com a vacina DTPa.
  • Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos não vacinados e com doenças que aumentem o risco da doença: duas doses com intervalo de dois meses.

Via de aplicação:

Subcutânea ou intramuscular (nunca pelas vias intravascular ou intradérmica).

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Pode ocorrer dor no local da aplicação em 3% a 29% dos vacinados; e inchaço, endurecimento e vermelhidão em 0,2% a 17% deles.
  • Em relação às manifestações gerais, a febre nas primeiras 24 horas após a vacinação é relatada por 1% a 6% dos vacinados; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal leve podem aparecer em 1% a 20% dos vacinados.
  • Um a cada 600 mil vacinados apresenta alergia a algum componente da vacina, sobretudo ao timerosal (derivado do mercúrio), sendo mais raro em crianças e adolescentes.

O que previne:

Infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta do vírus inativado (morto) da hepatite A e da proteína de superfície do vírus da hepatite B. Também possui em sua composição: sais de alumínio, formaldeído, sulfato de neomicina, fenoxietanol, polissorbato 20, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

  • Crianças a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos.
  • É uma boa opção para pessoas que não foram vacinadas contra as duas hepatites.

Contraindicação:

  • Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.
  • Pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com antígenos do vírus da hepatite B.

Esquemas de doses:

  • Para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16: duas doses com intervalo de seis meses.
  • Para adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos: três doses, sendo a segunda aplicada um mês após a primeira, e a terceira, cinco meses após a segunda.
  • Pessoas com indicação de dose dobrada da vacina hepatite B ou esquema de quatro doses devem receber complementação com a vacina hepatite B.

Via de aplicação:

Intramuscular profunda.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Reações no local da aplicação, como vermelhidão e inchaço por mais de 24 horas e dor intensa foram relatados por 1,5% dos vacinados. Eventos gerais como febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, náusea e vômito ocorrem com 0,3% a 10% dos vacinados. Não há relato de eventos adversos graves, mas podemos esperar o mesmo risco que existe para as vacinas isoladas hepatite A e hepatite B.

O que previne:

Hepatite A.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído.

Nos serviços privados de vacinação estão disponíveis as apresentações pediátrica (para uso até 15, 17 ou 19 anos de idade, dependendo do fabricante) e de adultos.

Indicação:

Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquema de doses:

  • Duas doses com intervalo de seis meses.
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas.
  • O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alterou, em 201​7, a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar ​5 anos de idade.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em 10% dos vacinados ocorrem: irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local da aplicação.
  • Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação.
  • Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam sintomas respiratórios, rinite, vertigem, erupções na pele, dor muscular, rigidez muscular.
  • Em 0,01% a 0,1% houve diminuição da sensibilidade, dormências, coceira, calafrios.

O que previne:

Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta por proteína de superfície do vírus da hepatite B purificado, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção. Pode conter fosfato de sódio, fosfato de potássio e borato de sódio.

A rede pública utiliza a apresentação multidose (mais de uma dose por frasco), que contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.

Indicação:

Para pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.

Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.

Contraindicação:

Não deve ser aplicada em pessoas que apresentaram anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior. Ou nas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com componente hepatite B.

Esquema de doses:

  • Para a vacinação rotineira de crianças, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou o esquema de quatro doses: uma dose em formulação isolada ao nascimento e doses aos 2, 4 e 6 meses de vida, incluídas na vacina pentavalente de células inteiras. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento, em formulação isolada, e aos 2 e 6 meses de vida, como parte da vacina hexavalente acelular. Aos 4 meses é recomendada a vacina penta acelular, que não contém o antígeno hepatite B em sua formulação.
  • Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados no primeiro ano de vida, o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses, com intervalo de um ou dois meses entre primeira e a segunda doses e de seis  meses entre a primeira e a terceira.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais que 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em 3% a 29% dos vacinados pode ocorrer dor no local da aplicação; endurecimento, inchaço e vermelhidão acometem de 0,2% a 17% das pessoas.
  • Em relação às manifestações gerais, de 1% a 6% dos vacinados apresentam febre bem tolerada e autolimitada nas primeiras 24 horas após a aplicação; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal acometem de 1% a 20%.
  • A ocorrência de púrpura trombocitopênica idiopática após administração da vacina hepatite B é um evento raro, registrado em menos de 0,01% dos vacinados, e até hoje não foi bem estabelecido se esses poucos casos estão de fato relacionados à vacina ou se foi apenas coincidência. Nestes casos, as manchas roxas ou avermelhadas na pele e a diminuição da contagem de plaquetas que caracterizam a doença surgiram poucos dias a até dois meses depois da vacinação.
  • Anafilaxia também é muito rara: um caso em 600 mil adolescentes e adultos vacinados, sendo mais rara ainda em crianças.
  • Tais eventos adversos estão relacionados à vacina hepatite B isolada. Aqueles associados às vacinas combinadas com componente hepatite B podem ser encontrados nos tópicos que tratam de cada uma especificamente: DTPa-VIP-HB/Hib e DTPw-HB/Hib e vacina combinada hepatite A e B.

O que previne:

Meninas e mulheres de 9 a 45 anos:

Cânceres do colo do útero, da vulva, da vagina e do ânus causados pelos tipos de HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;

Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;

Verrugas genitais (condilomas) causados pelos HPV 6 e 11.

Meninos e homens de 9 a 45 anos:

Câncer de ânus causado pelos tipos de HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;

Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;

Verrugas genitais (condilomas) causadas pelos tipos de HPV 6 e 11.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção. Não contém conservantes ou antibióticos.

Indicação:

A vacina está licenciada para todas as pessoas entre 9 e 45 anos.

A administração da vacina em homens e mulheres fora da faixa etária prevista em bula — especialmente pessoas com comorbidades associadas a imunocomprometimento e homens que fazem sexo com homens — traz benefícios e deve ser avaliada pelo médico.

Contraindicação:

Gestantes e pessoas que apresentaram hipersensibilidade grave (anafilaxia) após receber uma dose da HPV9 ou HPV4 ou a algum de seus componentes.

Esquemas de doses:

A idade do início da vacinação determina o esquema:

Meninas e meninos de 9 a 14 anos: duas doses, com seis meses de intervalo (0-6 meses);

A partir de 15 anos: três doses (0-2-6 meses);

Imunodeprimidos de 9 a 45 anos, independentemente da idade: três doses (0-2-6 meses).

Observações:

Indivíduos que iniciam a vacinação antes de completar 15 anos devem receber duas doses, mesmo que a segunda dose seja aplicada após completar 15 anos.

A vacina HPV9 não está disponível no PNI atualmente. A vacinação no sistema público é feita com a HPV4 e demonstrou ser extremamente efetiva na redução em pessoas de ambos os sexos de casos de câncer relacionados ao HPV (como o de colo do útero, ânus e em outras localizações) e das verrugas genitais.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação;

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora;

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação;

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou;

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

A HPV9 demonstrou bom perfil de segurança, embora o risco de eventos adversos tenha sido um pouco aumentado na comparação com a vacina HPV4. Os eventos mais comumente observados são dor, inchaço, vermelhidão, prurido e hematoma no local da injeção, cefaleia, febre, náusea, tontura e fadiga.

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém antígenos das cápsulas dos meningococos dos sorogrupos A, C, W e Y conjugados a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico, diftérico, ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM-197. Pode conter também sacarose; trometamol; fosfato de potássio diidrogenado; cloreto de sódio; fosfato de sódio diidrogenado monoidratado; fosfato dissódico hidrogenado diidratado; cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

  • Para crianças a partir de 2 meses e adolescentes.
  • Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças e adolescentes. Na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a vacina meningocócica C conjugada.
  • Para crianças, a vacinação de rotina deve iniciar aos 3 meses de idade com duas doses no primeiro ano de vida (dependendo das recomendações das bulas) e reforços entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.
  • Para adultos, dose única, a depender de risco epidemiológico ou condição de saúde.

Via de aplicação:

Exclusivamente pela via intramuscular profunda.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Pode ser aplicada no mesmo momento em que a vacina meningocócica B.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em 10% dos vacinados ocorrem: inchaço, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; sonolência; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular. Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrintestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações. Em 0,1% a 1% dos vacinados ocorrem: insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; coceira; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar. Em 0,01% a 0,1%, principalmente em adultos, acontece inchaço extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associado à vermelhidão, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou inchaço de todo o membro.
  • As reações tendem a desaparecer em até 72 horas.

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não causa infecção.

É composta por quatro componentes (três proteínas subcapsulares e vesículas da membrana externa do meningococo B), além de hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injeção.

Indicação:

  • Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
  • Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
  • Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

  • Para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de duas doses e um reforço da vacina meningocócica B: aos 3 e 5 meses de vida e entre os 12 e 15 meses. O esquema, no entanto, pode variar de acordo com a idade de aplicação da primeira dose (ver quadro abaixo):
Faixa etária de início da vacinaçãoNúmero de doses do esquema primárioIntervalo entre dosesReforço
3 a 11 mesesDuas dosesDois mesesUma dose entre 12 e 15 meses
12 a 23 mesesDuas dosesDois mesesUma dose, com intervalo de 12 a 23 meses da última dose
A partir dos 24 mesesDuas dosesUm mêsNão foi estabelecida a necessidade de reforços
  • Para adolescentes não vacinados antes, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês.
  • Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês.
  • Grupos de alto risco, como pessoas vivendo com HIV, portadores de asplenia anatômica ou funcional, que tenham deficiência de complemento ou em uso de eculizumabe ou outros medicamentos biológicos que interferem na via do complemento: três anos após completar o esquema, tomar uma dose de reforço.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • A administração de paracetamol antes ou logo após a vacinação pode reduzir o risco de febre e não interfere na resposta imune à vacina.
  • Não são necessários outros cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Evitar aplicação simultânea com as vacinas tríplice bacteriana, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, para reduzir chance de febre alta após a vacinação.
  • Pode ser aplicada no mesmo momento em que as vacinas meningocócicas ACWY ou C.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.
  • Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). Em 0,01% a 0,1% ocorrem urticária e outras reações alérgicas. Até o momento não foi observada anafilaxia.
  • Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor. A dor pode ser muito intensa, atrapalhando a realização das atividades cotidianas. Não é conhecido o risco para anafilaxia, e reações alérgicas graves não foram verificadas durante os estudos com a vacina.

O que previne:

Doenças causadas pelo meningococo C (incluindo meningite e meningococcemia).

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença .

Contém antígeno formado por componente da cápsula da bactéria (oligossacarídeo) do sorogrupo C conjugado a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM 197. Contém também adjuvante hidróxido de alumínio, manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

  • Para crianças e adolescentes.
  • Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquemas de doses:

  • A SBIm recomenda que a vacina meningocócica conjugada quadrivalente (ACWY) seja preferida para crianças, adolescentes e adultos, visto que protege contra três outros tipos de meningococos, além do C (ver calendários de vacinação: CriançaAdolescenteMulherHomem e Idoso.
  • Para crianças, a vacinação de rotina deve iniciar aos 3 meses de idade com duas doses no primeiro ano de vida e reforços entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade.
  • Para adultos, somente em situações que justifiquem, em dose única.
  • O PNI disponibiliza três doses da vacina meningocócica C na infância: aos 3 e 5 meses, e um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado até antes de completar 5 anos. Para adolescentes, uma dose é oferecida entre os 11 e 12 anos (como reforço ou dose única, a depender da situação vacinal).

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • As reações, quando acontecem, manifestam-se nas primeiras horas após a vacinação e melhoram em cerca de 72 horas. Em mais de 10% dos vacinados ocorrem: vermelhidão, inchaço, dor ou sensibilidade no local da aplicação; dor de cabeça (principalmente em adultos). Em crianças com menos de 2 anos podem ocorrer vômitos, diarreia, inapetência, sonolência e agitação.
  • Entre 1% e 10% dos vacinados são acometidos por febre maior ou igual a 38°C, irritabilidade, choro intenso (em crianças com menos de 2 anos) e dores musculares.
  • Muito raramente (em menos de 0,01%) ocorre aumento de gânglios, nódulo no local da aplicação, reação alérgica grave (chiados, inchaço facial, queda da pressão, dificuldade de respiração), tontura, convulsões, flacidez dos músculos, enjoo, dor na barriga, manchas na pele, problemas de rim, dermatite com formação de bolhas na pele, urticária.

O que previnem:

A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos.

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.

Do que são feitas:

Tratam-se de vacinas inativadas, portanto não têm como causar as doenças.

A VPC10 é composta de dez sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo), oito deles conjugados com a proteína D do Haemophilus influenzae tipo b, um com o toxoide tetânico e outro com toxoide diftérico. Contém também cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção.

A VPC13 é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção.

Indicações:

  1. Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade é recomendada a vacinação rotineira com VPC10 ou VPC13.
  2. Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.
  3. Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.

Contraindicação:

Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente da vacina ou após dose anterior da vacina.

Esquemas de doses:

VPC10 ou VPC13

  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam, sempre que possível, o uso da VPC13, devido à proteção contra mais sorotipos.
  • O Programa Nacional de Vacinação passou a adotar, em 2016, na rotina de vacinação infantil, duas doses de VPC10 com intervalo mínimo de 2 meses no primeiro ano de vida e uma dose de reforço aos 12 meses de idade.   
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a vacinação infantil de rotina com quatro doses da vacina VPC13: aos 2, 4 e 6 meses de vida e reforço entre 12 e 15 meses.
  • Para crianças entre 1 e 2 anos e não vacinadas: duas doses com intervalo de dois meses.         
  • Para crianças entre 2 e 5 anos de idade:
    • Não vacinadas: uma dose.
    • Portadoras de doenças crônicas que justifiquem, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

Crianças que começam a vacinação com atraso, após os 6 meses de vida, precisam que seus esquemas sejam adaptados de acordo com a idade de início. Crianças vacinadas com a VPC10 podem ser beneficiadas pela VPC13. A vacina deve ser administrada no mínimo dois meses após a última VPC10 e o númer de doses dependerá do recomendado para a idade em que a primeira dose de VPC13 for aplicada.

VPC13

  • Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não vacinados: dose única. Em algumas situações, duas doses com intervalo de dois meses podem estar indicadas. Nesses casos, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23). Clique para saber mais.
  • Para os maiores de 60 anos, recomenda-se de rotina complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

Crianças menores de 6 anos que completaram o esquema de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde com a vacina VPC10 têm benefícios se tomarem mais uma dose da VPC13, o que aumenta a proteção contra a doença pneumocócica. O número de doses dependerá da idade em que a primeira dose de VPC13 for aplicada.

Via de aplicação:

  • VPC10 – Intramuscular.
  • VPC13 – Intramuscular.

Efeitos e eventos adversos:

  • VPC10 – Dor, inchaço e vermelhidão são relatados por 38,3% dos vacinados. Entre os sintomas gerais, irritabilidade é o mais comum (52,3%). Em mais de 10% ocorre sonolência, perda de apetite e febre. Entre 0,1% e 0,01% dos vacinados (crianças com até 5 anos) apresentam dificuldade respiratória, diarreia, vômitos, choro persistente. Erupções na pele e convulsões ocorrem em menos de 0,01% dos vacinados.
  • VPC13 – Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorrem: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Entre 1% e 10% dos vacinados relatam: diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Entre 0,1% e 1% são acometidos por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia.
  • Em adultos, mais de 10% apresentam: diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço). Em 1% a 10% ocorrem vômitos e febre. Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam: náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Os eventos adversos são mais frequentes quando as vacinas são aplicadas no mesmo dia que a vacina DTPw-HB/Hib.

O que previne:

Doenças causadas por 23 tipos de pneumococos.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta de partículas purificadas (polissacarídeos) das cápsulas de 23 tipos de Streptococos pneumoniae (pneumococo), cloreto de sódio, água para injeção e fenol.

Indicação:

  • Para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para doença pneumocócica (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, entre outras condições).
  • Para pessoas a partir de 60 anos deve ser aplicada de rotina.
  • Não é recomendada como rotina para crianças, adolescentes e adultos saudáveis.

Contraindicação:

Crianças, adolescentes e adultos que apresentaram anafilaxia causada por algum componente ou dose anterior da vacina.

Esquemas de doses:

  • Recomenda-se a combinação da VPP23 com a VPC13. Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VPC10 ou VPC13) — veja as indicações de cada uma — e aplicar uma dose da VPP23 seis a 12 meses depois da dose da vacina conjugada, e outra cinco anos após a primeira dose de VPP23.
  • Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP23.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • As reações adversas mais frequentes, que ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são: dor no local da aplicação (60,0%), inchaço ou endurecimento (20,3%); vermelhidão (em 16,4%); dor de cabeça (17,6%); cansaço (13,2%) e dor muscular (11,9%). Reações locais mais intensas, com inchaço de todo braço, chegando até o cotovelo, hematoma e manchas vermelhas podem ocorrer em menos de 10% dos vacinados.
  • Todas as reações adversas são mais frequentes após revacinação em intervalos curtos em relação a doses anteriores. Acredita-se que estejam relacionadas com a presença de grande quantidade de anticorpos no organismo.

O que previne:

Poliomielite (paralisia infantil).

Do que é feita:

Vacina Oral Poliomielite (VOP) – É uma vacina oral atenuada bivalente, ou seja, composta pelos vírus da pólio tipos 1 e 3, vivos, mas “enfraquecidos”. Contém ainda cloreto de magnésio, estreptomicina, eritromicina, polissorbato 80, L-arginina e água destilada.

Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – Por ser inativada, não tem como causar a doença. É uma vacina trivalente e injetável, composta por partículas dos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3. Contém ainda 2-fenoxietanol, polissorbato 80, formaldeído, meio Hanks 199, ácido clorídrico ou hidróxido de sódio. Pode conter traços de neomicina, estreptomicina e polimixina B, utilizados durante a produção.

Indicação:

  • Devido à erradicação da poliomielite em diversas regiões do mundo e também para evitar a paralisia que pode ser causada pelo vírus contido na vacina oral (VOP), a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que países como o Brasil, de baixo risco para o desenvolvimento da doença, passem a utilizar a vacina inativada (VIP), sempre que possível.
  • Desde 2016, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adota a vacina VIP nas três primeiras doses do primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e a VOP no reforço e campanhas anuais de vacinação.
  • A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta que a VIP seja a vacina de preferência na administração de todas as doses.
  • A vacina poliomielite é indicada de rotina para todas as crianças menores de 5 anos.
  • Para viajantes adolescentes e adultos com destino a países onde a doença é endêmica, como o Paquistão e o Afeganistão, ou a locais onde há risco de transmissão e registro de casos de poliomielite causada pelo vírus vacinal.

Contraindicação:

  • VOP
    • Gestantes e todos os que convivem com esses grupos; pessoas que sofreram anafilaxia após o uso de componentes da fórmula da vacina (em especial os antibióticos neomicina, polimixina e estreptomicina); pessoas que desenvolveram a pólio vacinal após dose anterior.
    • Pessoas com deficiência do sistema imunológico causada por doença oumedicamentos; portadoras do vírus do HIV; gestantes e todos osque convivem com esses grupos; pessoas que sofreram anafilaxiaapós o uso de componentes da fórmula da vacina (em especial osantibióticos neomicina, polimixina e estreptomicina); pessoas quedesenvolveram a pólio vacinal após dose anterior.
  • VIP – A história de reação alérgica grave (anafilaxia) à dose anterior da vacina, ou a algum de seus componentes, contraindica doses futuras.

Esquemas de doses:

  • A imunização contra a poliomielite deve ser iniciada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses, além dos reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade.
  • VIP – Na rotina de vacinação infantil: aos 2, 4 e 6 meses, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade. Na rede pública as doses, a partir de um ano de idade, são feitas com VOP.
  • VOP – Na rotina de vacinação infantil nas Unidades Básicas de Saúde, é aplicada nas doses de reforço dos 15 meses e dos 4 anos de idade e em campanhas de vacinação para crianças de 1 a 4 anos.

Via de aplicação:

  • VOP – Oral.
  • VIP – Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Para ambas as vacinas
    • Em crianças com febre moderada a alta (acima de 38ºC), a vacinação deve ser adiada até que o quadro clínico melhore.
    • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • VOP
    • Diarreia e vômitos leves não contraindicam a vacinação, mas recomenda-se adiá-la ou repetir a dose após quatro semanas.
    • É aconselhável interromper a amamentação por uma hora antes e depois da administração da vacina — se o bebê golfar ou vomitar, não é preciso repetir a dose.

Nota: A VOP não deve ser administrada em bebês que se encontram hospitalizados. Também não deve ser administrada em crianças que convivem com imunodeprimidos.

Efeitos e eventos adversos:

  • VOP – Por conter vírus vivos, ainda que “enfraquecidos”, a VOP pode causar alguns eventos indesejáveis:
    • Poliomielite associada à vacina (VAPP): Ocorre quando o vírus da vacina consegue causar poliomielite na pessoa vacinada ou em quem convive com ela. Isso pode acontecer de quatro a 40 dias após a vacinação. A taxa de registros é de um caso para cada 3,2 milhões de doses aplicadas. Esse risco é muito maior (quase o dobro) quando da aplicação da primeira dose. Para quem tem comprometimento do sistema imunológico, o risco é cerca de 3.200 vezes maior. No Brasil, entre 1989 e 2011, foram registrados 46 casos de VAPP, todos em crianças (um caso para cada 1,6 milhão de doses aplicadas). Os sintomas começam com febre, dificuldade de movimentação, dor e fraqueza dos músculos, principalmente das pernas, mas pode atingir os músculos usados na respiração. Depois de alguns dias, a dor desaparece, melhora a dificuldade de movimentação, mas os músculos começam a atrofiar e a amolecer.
    • Meningite asséptica e encefalite: Apesar de muito rara, é um risco maior para crianças imunodeficientes. Trata-se de uma inflamação do cérebro ou das membranas que o protegem. Podem acontecer sintomas que afetam a consciência (alucinações, mudanças de personalidade, agitação, sonolência, torpor e coma), sintomas que refletem as áreas afetadas do cérebro, em geral relacionados com a orientação espacial ou a sensibilidade (perda localizada de movimento em determinada parte do corpo, falta de coordenação motora, movimentos involuntários, sensações estranhas ou perda de sensações em partes do corpo) e sintomas de irritação do cérebro (crises convulsivas).
    • Reações de alergia: São raras e se devem aos componentes da vacina. Podem acontecer urticária e erupções na pele com coceira, mas não contraindicam doses subsequentes.
    • Poliomielite por vírus derivado da vacina (VDPV): Acontece por uma instabilidade genética do vírus da vacina ou pela combinação do material genético do vírus vacinal com outros vírus que vivem no intestino, propiciando o surgimento de vírus mutantes capazes de causar poliomielite e de serem transmitidos para outras pessoas. Até o final de 2013, nenhum VDPV foi identificado no Brasil.
  • VIP – Com a apresentação inativada pode ocorrer eritema discreto no local da aplicação (em menos de 3% dos vacinados), endurecimento (em menos de 12%), e dor geralmente leve (em menos de 30% dos vacinados). A febre é rara, ocorre em menos de 10% dos vacinados. A anafilaxia também, com risco adicional para pessoas que têm alergia grave aos antibióticos da fórmula (estreptomicina, neomicina e polimixina B).

Nas apresentações combinadas com outras vacinas, os eventos adversos possíveis também se relacionam às outras vacinas que estão combinadas (ver DTPa-Hib-VIPDTPa-Hib-VIP-HB e dTpa-VIP).

O que previne:

Doença diarreica causada por rotavírus.

Do que é feita:

Vacina oral monovalente (VRH1) contém um tipo de rotavírus vivo “enfraquecido”, além de sacarose, adipatodissódico, meio Eagle modificado Dulbecco (DMEM) e água estéril.

Vacina oral atenuada pentavalente (VRH5) é composta por cinco tipos de rotavírus vivos “enfraquecidos”, sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meios de cultura e traços de soro fetal bovino.

Indicação:

Bebês de 6 semanas a 8 meses e 0 dia. A primeira dose deve ser obrigatoriamente aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias, e a última dose até os 7 meses e 29 dias.

Contraindicação:

Crianças fora da faixa etária citada acima; com deficiências imunológicas por doença ou uso de medicamentos que causam imunossupressão; com alergia grave (urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático) provocada por algum dos componentes da vacina ou por dose anterior da mesma; e com doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal.

Esquema de doses:

  • VRH1 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: em duas doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2 e 4 meses de idade.
  • VRH5 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: três doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2, 4 e 6 meses de idade.
  • Sobre ambas as vacinas – A idade máxima para começar a vacinação é 3 meses e 15 dias. Se houver atraso além dessa idade, a imunização não poderá ser iniciada. Da mesma forma, a idade máxima para a última dose é 7 meses e 29 dias.

Via de aplicação:

Oral.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Adiar a vacinação em bebês com febre moderada a alta (acima de 38⁰C) ou diarreia intensa, até que ocorra a melhora desses sintomas. Não há problema se a febre for baixa ou a diarreia de leve intensidade, sem provocar desidratação.
  • Bebês de mães portadoras do vírus HIV podem ser vacinados se não tiverem sinais de deficiência imunológica.
  • Não há problema em vacinar bebês que convivem com pessoas com deficiência imunológica.
  • Não é preciso dar outra dose se o bebê golfar ou regurgitar após tomar a vacina.
  • Não há recomendação para cuidados especiais com as fraldas após a vacinação, além da habitual lavagem adequada das mãos.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Eventos adversos inesperados ou graves devem ser notificados.

Efeitos e eventos adversos:

  • VRH1 – Entre 2008 e 2010, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) colaborou com um estudo da vacina, no México e no Brasil. Em nosso país, verificou-se um pequeno aumento no risco de invaginação, na primeira semana após a segunda dose da vacina. Entre 2006 e 2012, no Brasil, 6,1 milhões de doses foram aplicadas, com apenas oito registros de casos de invaginação. A ocorrência é muito menor que o risco de hospitalização ou óbito decorrente de gastrenterite causada por rotavírus.
  • VRH5 – Sintomas de gastrenterite ocorrem em menos de 10% dos vacinados. Nos Estados Unidos, de 2006 e 2012, foram aplicadas 47 milhões de doses da vacina. Nesse período, ocorreram 584 casos de invaginação entre três e seis dias após a primeira dose da vacina. Esse total é muito próximo da quantidade esperada em crianças não vacinadas, o que demonstra que o risco oferecido pela vacina é pequeno.

O que previne:

Difteriatétano e coqueluche.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio e água para injeção.

A quantidade de toxoide diftérico e de componentes pertussis é menor que na vacina infantil (DTPa).

Indicações:

  • Para reforço das vacinas DTPa ou DTPw em crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.
  • Gestantes.
  • Todas as pessoas que convivem com crianças menores de 2 anos, sobretudo com bebês com menos de 1 ano, incluindo familiares, babás, cuidadores e profissionais da Saúde.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia ou sintomas neurológicos causados por algum componente da vacina ou após a administração de dose anterior.

Esquema de doses:

  • Pode ser usada para a dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.
  • Recomendada para o reforço na adolescência.
  • Recomendada para os reforços em adultos e idosos.
  • Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.
  • As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gestação, ​a partir da 20ª semana de gestação. ​Se não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose após o parto​, o mais precocemente possível (de preferência ainda na maternidade).
  • Para crianças com mais de 3 anos, adolescentes e adultos não vacinados, com histórico vacinal desconhecido ou esquema básico contra o tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento, seguida de uma ou duas outras doses da dT (dependendo de quantas faltam para completar o esquema de três doses contra o tétano). A vacina dTpa pode substituir a vacina dT.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em crianças com até 9 anos podem ocorrer: irritabilidade, sonolência, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e fadiga em mais de 10% dos vacinados. Até 10% podem manifestar falta de apetite, dor de cabeça, diarreia, vômito e febre. Distúrbios da atenção, irritação nos olhos e erupção na pele são incomuns – acometem apenas 0,1% a 1% dos vacinados.
  • Mais de 10% das crianças a partir de 10 anos, adolescentes e adultos experimentam dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), cansaço e mal-estar. Em até 10% acontecem tontura, náusea, distúrbios gastrintestinais, febre, nódulo ou abscesso estéril (sem infecção) no local da aplicação. São incomuns (entre 0,1% e 1% dos vacinados) sintomas respiratórios, faringite, aumento dos gânglios linfáticos, síncope (desmaio), tosse, diarreia, vômito, transpiração aumentada, coceira, erupção na pele, dor articular e muscular e febre acima de 39ºC.
  • A anafilaxia ocorre com menos de 0,01% das pessoas; inchaço generalizado, convulsões, urticária e fraqueza muscular com 0,01% a 0,1% dos vacinados.
  • A experiência com o uso da vacina sugere que há um pequeno aumento do risco de eventos adversos locais com a vacinação em doses repetidas e próximas (esquema de três doses em seis meses) em adultos com mais de 40 anos, bem como na dose de reforço das crianças (a partir de 10 anos de idade).

O que previne:

Difteriatétanocoqueluche e poliomielite.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), vírus da poliomielite inativados (mortos) tipos 1, 2 e 3, sal de alumínio como adjuvante, 2-fenoxietanol, polissorbato 80, cloreto de sódio e água para injeção.

Pode conter ainda traços de formaldeído, neomicina e polimixina B usados no processo de fabricação.

Indicações:

  • Para crianças a partir de 3 ou 4 anos de idade, adolescentes e adultos, para os reforços de seus esquemas de vacinação.
  • Pode substituir as formulações infantis da vacina tríplice bacteriana (DTPa e suas combinações) no reforço de 4 a 5 anos de idade.
  • Para adolescentes e adultos, pode substituir a vacina dTpa e é a alternativa para viajantes com destinos às áreas de risco para poliomielite.
  • Para gestantes, pode substituir a dTpa na indisponibilidade desta vacina ou quando se trata de gestante viajante para área de risco para a poliomielite.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia após uso de componentes da vacina ou dose anterior.

Esquema de doses:

Pode substituir qualquer dose de dTpa. Em caso de viagens a locais de risco para a poliomielite, pode ser aplicada mesmo em pessoas que estejam em dia com a dTpa.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em crianças, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: sonolência e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço). Entre 1% e 10% dos vacinados podem apresentar perda de apetite, irritabilidade, dor de cabeça e febre acima de 37,5ºC. Entre 0,1% a 1%: aumento dos gânglios, sono inquieto, apatia, garganta seca, diarreia, vômito, dor abdominal, náusea e cansaço.
  • Em adolescentes e adultos, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e cansaço. Entre 1% a 10% dos vacinados: distúrbios gastrintestinais, febre acima de 37,5ºC, hematoma no local da aplicação. Entre 0,1% e 1% dos vacinados ocorrem: aumento dos gânglios, diminuição do apetite, sensação de formigamento, sonolência, tontura, coceira, dor muscular, dor nas articulações, febre acima de 39ºC, calafrios.

O que previne:

Difteriatétano e coqueluche.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio, e água para injeção.

Indicações:

Crianças com menos de 7 anos de idade. Mesmo as que já tiveram tétano, difteria, doença causada pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e/ou coqueluche devem ser imunizadas, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente frente a novas infecções.

Contraindicações:

  • Maiores de 7 anos.
  • Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias que se seguiram à aplicação de dose anterior de vacina contendo componente pertussis.
  • Anafilaxia causada por qualquer componente da vacina.

Esquema de doses:

Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir a vacina quíntupla (penta) ou hexa, nas quais a DTPa é combinada a outras vacinas. Ver DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para a dose de reforço entre 4 e 5 anos de idade, a DTPa pode ser substituída por dTpa ou dTpa-VIP.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Com a vacina DTPa os eventos adversos são menos frequentes e intensos do que com a DTPw.

Manifestações locais:

  • Inchaço, vermelhidão e dor no local da aplicação acontecem com 1,2% a 22,9% das crianças vacinadas.
  • Inchaço extenso, atingindo todo o membro, ocorre em 2% a 3% das crianças vacinadas com quatro ou cinco doses da tríplice bacteriana acelular infantil (DTPa), em geral nas primeiras 24 horas. A melhora espontânea é percebida em dois dias.
  • Mais raramente pode haver formação de abscesso no local da aplicação, estéril (abscesso frio) ou infeccioso (abscesso quente), com pus.

Manifestações sistêmicas:

  • Febre baixa a moderada acomete até 30% dos vacinados, em especial quando da aplicação da primeira dose e nas primeiras 24 horas (habitualmente entre três e 12 horas).
  • Febre alta ocorre em menos de três crianças a cada mil vacinadas.
  • Sonolência em 30% a 52,2% das crianças vacinadas. Tem início nas primeiras 24 horas e pode persistir por até 72 horas após. A melhora do sintoma se dá de maneira espontânea, não sendo necessária conduta especial. Esse quadro não deixa sequela.
  • Perda de apetite de baixa intensidade e transitória é sintoma encontrado em até 27,2% dos vacinados.
  • Vômitos acontecem em 2,5% a 21,6% das crianças vacinadas, melhorando espontaneamente.
  • Choro persistente foi descrito em duas a cada mil crianças vacinadas, nas primeiras 24 horas.
  • Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) pode acontecer nas primeiras 48 horas com frequência de 0,7 a cada mil crianças vacinadas e não deixa sequelas. Costuma ser precedido por irritabilidade e febre. A criança torna-se pálida, perde o tônus muscular e a consciência. Esse quadro pode durar desde alguns minutos até algumas horas, mas, apesar de muito angustiante, melhora sem deixar sequelas. Sua ocorrência não indica tendência de repetição quando da aplicação de doses subsequentes.
  • Convulsão, nas primeiras 72 horas, também de caráter benigno – não causa sequelas. A chance de ocorrência é de 0,3 para cada mil crianças vacinadas. É aconselhável que se faça uma investigação médica para verificar se foi de fato causada pela vacina. Como os casos de convulsão associam-se a febre e não à vacina, não há contraindicação para as próximas doses.
  • Encefalopatia pós-vacinal é muito rara e não foi comprovada relação com a vacina. Entre 1993 e 2002, o serviço de vigilância em saúde do Canadá avaliou mais de 12 mil registros hospitalares devidos a desordens neurológicas e não foi encontrado nenhum caso de encefalopatia atribuível a DTPa, em um universo de mais de 6,5 milhões de doses aplicadas.
  • Reações de hipersensibilidade são extremamente raras e estão associadas a reações alérgicas como urticária, ou, em casos mais graves, anafilaxia. Nunca foi identificada qualquer relação entre a anafilaxia e a vacina DTPa, de modo que sua ocorrência não contraindica doses subsequentes da vacina. Estas reações podem surgir várias horas ou dias após a aplicação da vacina, podem ter origens diversas (viroses, alimentos e medicamentos, por exemplo), sendo muito pouco provável que reapareçam após a aplicação de dose subsequente, portanto, neste caso, não há contraindicação.

O que previne:

Difteriatétano e coqueluche.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças); bactéria morta da coqueluche (Bordetella pertussis); sal de alumínio como adjuvante, cloreto de sódio, e água para injeção.

Indicações:

Para todas as crianças até 7 anos de idade, mesmo as que já tiveram tétano, difteria e coqueluche, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente. A vacina é usada na rede pública como dose de reforço para crianças com idade entre 4 e 5 anos.

Contraindicações:

  • Pessoas com mais de 7 anos de idade.
  • Crianças que apresentaram, após a aplicação de vacina DTPw ou combinada a ela: episódio hipotônico-hiporresponsivo – EHH (palidez, perda de tônus muscular e consciência) nas primeiras 48 horas após a aplicação; convulsões nas primeiras 72 horas; reação anafilática nas primeiras duas horas e encefalopatia aguda nos sete dias após a vacinação.

Esquema de doses:

É utilizada na rotina pública de vacinação infantil aos 2, 4 e 6 meses de idade, na apresentação combinada com as vacinas Hib e hepatite B. A vacina DTPw isolada (não combinada a outras vacinas) é usada na rede pública para os reforços do segundo ano de vida e dos 4 anos de idade.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Manifestações locais: vermelhidão, calor, endurecimento, dor e inchaço no local da aplicação ocorrem em 37% a 50% dos casos e podem atrapalhar a movimentação do membro. Ocasionalmente pode aparecer nódulo endurecido, indolor e que desaparece ao longo de várias semanas. Com menos frequência, pode haver formação de abscesso no local da aplicação, em geral estéril (sem infecção associada: abscesso frio) ou infectado com pus (abscesso quente).

Manifestações sistêmicas: relacionam-se sobretudo com o componente pertussis (coqueluche) da vacina e incluem:

  • Febre baixa a moderada três a 12 horas após a vacinação, com duração de cerca de 24 horas.
  • Sonolência prolongada acomete 32% dos vacinados, iniciando nas primeiras 24 horas e persistindo por até 72 horas.
  • Perda de apetite de pouca intensidade e duração é comum em 21% dos vacinados, em geral nas primeiras 24 horas.
  • Vômitos ocorrem com 6% dos vacinados.
  • Irritabilidade é comum (em 50% dos vacinados) e melhora em até 24 horas.
  • Choro persistente foi descrito em 3,6% das crianças vacinadas com DTPw em estudo sobre a vacinação nos primeiros meses de vida, sendo mais frequente nas doses iniciais. Não se dispõe de estudos específicos quando a DTPw é utilizada somente na dose de reforço.
  • Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) pode acontecer nas primeiras 48 horas após a vacinação – cerca de um para cada 1.750 doses aplicadas. Costuma ser precedido por irritabilidade e febre. A criança torna-se pálida, perde o tônus muscular e a consciência. Esse quadro pode durar desde alguns minutos até algumas horas, mas, apesar de muito angustiante, melhora sem deixar sequelas. Sua ocorrência não indica tendência de repetição quando da aplicação de doses subsequentes.
  • Convulsão, também de caráter benigno – não causa sequelas. É aconselhável que se faça investigação médica para verificar se foi de fato causada pela vacina. Em caso de convulsão nas primeiras 48 horas após a vacinação, as próximas doses devem ser feitas com a vacina acelular (DTPa ou dTpa) e suas combinações, de acordo com a idade.
  • Encefalopatia pós-vacinal é rara, ocorrendo cerca de 0 a 10,5 casos por 1 milhão de doses aplicadas da vacina DTPw. Sua ocorrência requer investigação e contraindica doses posteriores com qualquer vacina que tenha componente pertussis (coqueluche: DTPw e DTPa), só podendo ser aplicada a vacina dupla bacteriana (DT ou dT).
  • Reações de hipersensibilidade são extremamente raras e dizem respeito a manifestações alérgicas, como urticária ou, em casos mais graves, anafilaxia. Sua ocorrência contraindica doses subsequentes de vacinas que contenham qualquer um dos componentes da DTPw.

O que previne:

Difteriatétanocoqueluchemeningite por Hib (bactéria Haemophilus influenzae tipo b) e hepatite B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta por toxoides diftérico e tetânico, combinados com a célula inteira purificada da bactéria da coqueluche (Bordetela pertussis); partícula da superfície do vírus da hepatite B (HBsAg) e componente da cápsula do Haemophilus influenzae tipo b (Hib), conjugado com uma proteína. Contém também fosfato de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

Crianças até 7 anos de idade.

É utilizada nas Unidades Básicas de Saúde para a vacinação no primeiro ano de vida, aos 2, 4 e 6 meses.

Mesmo as crianças que já tiveram tétano, difteria, doença causada pelo Hib e/ou coqueluche, devem ser imunizadas, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente contra novas infecções.

Contraindicações:

  • Maiores de 7 anos de idade, com ou sem história de reação alérgica grave (anafilaxia) a algum componente da vacina.
  • Crianças que apresentaram reações vacinais consideradas graves após a aplicação da vacina DTPw ou combinada a ela:
    • Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) nas primeiras 48 horas. Esta reação em geral é precedida por irritabilidade e febre. A criança torna-se pálida, perde o tônus muscular e a consciência, e esse quadro pode durar desde alguns minutos até algumas horas. Apesar de muito angustiante, melhora sem deixar sequelas. Sua ocorrência não indica tendência de repetição quando da aplicação de doses subsequentes.
    • Convulsões nas primeiras 72 horas.
    • Reação anafilática nas primeiras duas horas.
    • Encefalopatia aguda nos sete dias após a vacinação.

Esquema de doses:

Uma dose aos 2, 4 e 6 meses de idade.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24-72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Pode provocar vários eventos adversos, quase sempre entre as primeiras 48 a 72 horas, sendo o componente pertussis o principal responsável. Em geral, são eventos leves, que melhoram sem complicações ou sequelas e não contraindicam doses subsequentes.

Estes eventos são os mesmos e com frequência semelhantes aos observados com a vacina tríplice bacteriana de células inteiras (DTPw).

O que previne:

Sarampocaxumba e rubéola.

Do que é feita:

Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba; aminoácidos; albumina humana; sulfato de neomicina; sorbitol e gelatina. Contém também traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina.

No Brasil, uma das vacinas utilizadas na rede pública contém traços de lactoalbumina (proteína do leite de vaca).

Indicação:

Crianças, adolescentes e adultos.

Contraindicação:

  • Gestantes, pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação, história de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente.
  • A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. Teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, é recomendado que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.

Esquemas de doses:

  • A SBIm considera protegido todo indivíduo que tomou duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.
  • Em situação de risco para o sarampo – surtos ou exposição domiciliar, por exemplo – a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. Essa dose, porém, não conta para o esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas doses a partir dos 12 meses, com intervalo mínimo de 1 mês.
  • Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina SCR ou a combinada SCR-V (tetraviral).
  • Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas, a SBIm recomenda duas doses, com intervalo de um a dois meses.
  • Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas: duas doses com intervalo de um a dois meses.
  • Em casos de surto de caxumba ou sarampo, pode ser considerada a aplicação de uma terceira dose em pessoas com esquema completo. Não há, no entanto, evidências que justifiquem a medida na rotina.
  • Na rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação infantil, a primeira dose desta vacina é aplicada aos 12 meses de idade; e aos 15 meses (quando é utilizada a vacina combinada à vacina varicela [tetraviral: SCR-V]). Também podem se vacinar gratuitamente indivídos até 29 anos (duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias) e indivíduos entre 30 e 59 anos (uma dose).
  • Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba e rubéola são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.

Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Pessoas que usaram medicamentos imunossupressores devem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento, de acordo com critério médico.
  • Pessoas em uso de quimioterápicos contra câncer, ou outro medicamento que cause imunossupressão, só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento, de acordo com critério médico.
  • Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após a cirurgia.
  • É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a vacinação. Mas caso a vacinação aconteça inadvertidamente durante a gestação, ou a mulher engravide logo depois de ser vacinada, não é indicada a interrupção da gravidez, pois o risco de problemas para o feto é teórico, por tratar-se de vacina atenuada. Não há relatos na literatura médica de problemas decorrentes desse tipo de situação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser notificados ao serviço que realizou a vacinação e investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • As reações locais acometem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.
  • Febre alta (maior que 39,5⁰C), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Algumas crianças podem apresentar convulsão febril, sem consequências graves. Em 0,5% a 4% dos vacinados também pode ocorrer dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza cinco a 12 dias após a vacinação. Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, com permanência em torno de dois dias, surgem em 5% dos vacinados. Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados a partir de sete a 21 dias de vacinado. Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.
  • Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após a vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose.
  • A associação da vacina com autismo foi totalmente descartada.
  • Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foram descritas na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação. Contudo, essa ocorrência contraindica outras doses da vacina tríplice viral.
  • Dor articular ou artrite surge em 25% das mulheres após a puberdade, de um a 21 dias depois da vacinação. Essa reação é transitória, benigna e não contraindica outras doses da vacina.
  • Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacinação.
  • A anafilaxia é muito rara e ocorre quase sempre nos primeiros 30 minutos depois de administrada a vacina. Nesse caso, contraindicam-se doses subsequentes.

O que previne:

Varicela (catapora).

Do que é feita:

Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” da varicela, além de gelatina, traços de neomicina, água para injeção. Não contém traços de proteína do ovo de galinha.

Indicação:

  • É recomendada de rotina para crianças a partir de 12 meses (excepcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também para crianças menores, a partir de 9 meses).
  • Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados.

Contraindicação:

  • Pessoas que tiveram anafilaxia causada por qualquer dos componentes da vacina ou após dose anterior, e gestantes.
  • Pessoas com deficiência do sistema imunológico, seja por doença ou tratamento imunossupressor, devem ser consultadas por um médico para a indicação, pois muitas vezes os danos causados pelo adoecimento é maior que o risco oferecido pela vacina.

Esquema de doses:

  • O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza uma dose da vacina varicela, aos 4 anos de idade, correspondente à segunda dose do esquema contra varicela. A primeira dose é aplicada aos 15 meses, como parte da vacina tetraviral (SCR-V).
  • A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, a vacina SCR-V pode ser usada nas duas doses.
  • Para crianças até 11 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.
  • Em situação de surto na comunidade ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir de 9 meses — essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada. A criança deverá tomar as duas doses de rotina, aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade.

Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • As crianças que usaram medicamentos imunossupressores podem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do tratamento, a critério médico.
  • Crianças em uso de quimioterapia para tratar o câncer só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento, a critério médico.
  • Crianças que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma) devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • A vacina varicela é segura em indivíduos imunocompetentes, com taxa de eventos adversos variando de 5% a 35%. Imunodeprimidos podem apresentar eventos adversos mais intensos, embora raramente graves.
  • Em 26% dos vacinados ocorre dor no local da aplicação e em 5% ocorre vermelhidão. Em 1% a 3% podem ser observadas vesículas próximas ao local da aplicação.
  • De 3% a 5% dos indivíduos apresentam exantema pelo corpo, semelhante às lesões causadas pela varicela, com duas a cinco lesões aparecendo entre cinco e 26 dias após a vacinação. Já as lesões que surgem duas ou mais semanas após a aplicação da vacina são indicativas da doença provocada pelo vírus varicela zóster que foi adquirido antes da vacinação e ficou incubado.
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

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